São Paulo 1 x 0 Palmeiras
Em fevereiro, o São Paulo não parecia São Paulo, e o Palmeiras, ainda não era Palmeiras. No início do BR-16, o Verdão tem sido o que é nas ótimas vitórias em casa, mas segue mal nas derrotas. O Tricolor é que tem sido mesmo outro. Ou voltou a ser um time de Libertadores na ótima segunda etapa no Morumbi que não perde para o Palmeiras desde 2002. Um a zero foi pouco, ou foi o que Prass deixou ser em grande e emocionante segundo tempo – não necessariamente um primor técnico de jogo.
Com dois minutos, a pesada zaga tricolor pediu para Alecsandro abrir o placar. Ele não fez. Gabriel Jesus quase fez, aos 5. O São Paulo estava planejado para marcar o Palmeiras no 4-4-2 reativo, com Ganso e Kardec na frente. Ganso que estava enfiado demais, puxando Thiago Santos para a linha de zaga verde, mas sem ninguém para pensar o jogo e passar a bola. Seria assim o jogo: Palmeiras veloz no ataque, São Paulo reagindo.
Dudu, que vinha bem por dentro, preferiu cavar uma falta a tentar mais um bom lance. O árbitro que não marcava muitas faltas (mas dava muitos amarelos) não marcou. O São Paulo partiu ao contragolpe e Bruno levantou a bola que atrapalhou Thiago Martins, Prass não saiu, e justamente o enfiado Ganso, mais uma vez em 2016, cabeceou com categoria, e sem ser perseguido por Thiago Santos. O primeiro tempo de qualidade acabou. O Palmeiras errou o que acertava, o São Paulo jogou no erro, e o primeiro tempo foi para esquecer – a não ser o segundo amarelo que poderia ter sido mostrado a Thiago Santos.
Cuca mais uma vez mexeu bem no intervalo: antes de ser expulso, e sem marcar efetivamente Ganso, Thiago Santos foi trocado por Moisés, com Jean mais preso ao 10 tricolor; Rafael Marques foi à esquerda no lugar do amuado Róger Guedes; Gabriel Jesus foi tentar jogo pela direita. Alecsandro saiu menos da área para armar. O Palmeiras melhorou: teve dois tiros longos perigosos. No rebote do segundo, aos 16, Denis foi atingido na dividida por Alecsandro. O jogo parou por 5 minutos. O Palmeiras parou até os 53 de jogo. Quando o São Paulo mostrou que, mesmo mais desgastado fisicamente, foi muito mais time. Teve 10 chances contra apenas 5 do Palmeiras. Poderia ter feito mais – não fosse Prass. Poderia ter ganhado um pênalti em lance discutível de Thiago Martins em Rogério, no fim. E deveria mesmo ter vencido o Choque-Rei que foi emocionante no segundo tempo, com todo o São Paulo melhorando, com os polêmicos Bruno e Centurión bem, Thiago Mendes muito bem, e o São Paulo redimido – até a próxima rodada.
São Paulo que foi São Paulo no segundo tempo, como Ganso tem sido mais Ganso em 2016. E foi além, até atropelando rivais na linha lateral, aos 36 do segundo tempo, com a gana e a garra que não tinha. E foi muito bem até com Wesley, marcando e começando o jogo. E foi, no fundo, o que tem sido Maicon, que deu um bico para o Albert Einstein aos 39 do segundo tempo que levou o torcedor tricolor a gritar o nome do zagueiro que é exemplo da recuperação e virada são-paulina na temporada. Ânimo redobrado e recobrado como Ganso, que mais uma vez, como havia feito na decisão do SP-10, não quis sair do jogo, e "substituiu" Thiago Mendes em vez dele sair.
O Palmeiras ainda segue entre os favoritos ao título – se parar de ser tão instável. E o São Paulo, se repetir esse ânimo que não tinha, pode sonhar com tudo. Até Libertadores.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.