Gettershow

Getterson, tudo bem?

Meu nome é Mauro Alexandre. Sou filho do Joelmir e sobrinho do Jusler. Ou seja, não tenho como zoar seu nome. Mas evite se chamar Gettgol no Twitter. Gettershow, também, só se for na conta do YouTube. Aliás, se possível, não tenha nem um e nem outro. E, se tiver, não deixe o primo do goleiro Felipe ter a sua senha. Ou não boste nenhum post depois de derrota dos seus companheiros. Se não pode dar post sua bosta. Ou se postar algo que não deve, tente ser assessor especial do presidente do clube. Melhor que ser jogador de condomínio. 

Aliás, Getterson,  dou um conselho para você e para quem tem menos de 20 anos: amadureça o quanto antes. Fique mais velho rápido. E daí você continuará sendo tão infantil quanto qualquer um da minha  idade. Vão te cobrar por aquilo que você merdou quando era mais jovem. Vão ser tão inconsequentes e irresponsáveis quanto você. 

Mas eles são adultos. E mandam muito. Por isso não brinque agora no WhatsApp. Não mande recado zoando ninguém pelo celular. Repare no esquenta e na balada e no after se tem alguém gravando agora tudo que faziam antes – mas não tinham provas do crime. Se isso é crime. Se isso é prova.

Getterson, talvez você não jogue em um clube grande "só" por tê-lo zoado e desrespeitado também por ser torcedor confesso do rival. É uma pena. Da próxima vez seja mais esperto. Ou ao menos mais inteligente que alguns intolerantes. O que não costuma ser difícil em um país bolsonorizado e lobotomizado por revoltados Online e fora de linha. Pedir respeito e dar reeleito nunca é demais. Para intolerantes ou para tolerantes. 

Segue o jogo, Getterson. E jogue muito mais do que você joga. Apague os erros do passado e os débitos em conta. Isto é: apague logo a conta do Twitter.