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Blog do Mauro Beting

Mercado da bola: Black Friday na América Latina

Mauro Beting

24/06/2016 10h07

JOZA NOVALIS, do mais imperdível que esta Copa América  FUTEBOL PORTENHO, escreve um guia para ajudar você a cornetar seu clube em busca de reforços à base do SOY LOCO POR TI, AMERICA.

 

Ele explica os critérios. E dá as dicas.

 

ESCREVE JOZA NOVALIS

 

Antes de indicar jogadores para os clubes brasileiros, convidamos a uma reflexão sobre o assunto. Até qual ponto projetamos expectativas aceitáveis sobre tais jogadores? Normal por aqui uma constatação: "somos o melhor futebol do mundo, nos bastamos; que os outros nos copiem mundo a fora". Quem pensa desta forma, não costuma curvar-se a resultados: 7×1 é acidente; sair de uma Copa América na primeira fase, também. Isto para ficarmos só nos exemplos da Canarinho. Melhor assim. Desnecessário lembrar que mentores de tais ideias estão em parte da mídia esportiva. De tal forma que se torna até desculpável que torcedor pense o mesmo. Decorre daí que não costumamos olhar para os exemplos dos outros.  Efeito lógico é perdermos uma valiosa reflexão: por que clubes com orçamentos menores obtém sucesso na América Latina, enquanto muitos dos nossos seguem acumulando vexames?

Quem se importa em saber?

Para quê?

Permeados pela ausência de reflexão que resolvemos: "vamos contratar todo mundo!" Inegável que é bom; lamentável a forma como o fazemos. E o saldo qual é? Positivo, deveras. Por quanto tempo? Só o tempo tende a dizer! O que fazer para contornar ou curar as feridas, lá na frente? Gestão inteligente! Ela existe hoje em dia? Piada! Ou seja, precisamos calibrar nossas expectativas sobre reforços estrangeiros. Elas são o primeiro obstáculo a afetar justo aquilo com o que poucos se preocupam: a adaptação desses reforços.

 

Adaptar um jogador estrangeiro deveria ser preocupação primária de quem pretende contratá-lo. Talvez mais importante do que a própria contratação. Nisto somos imberbes; certos clubes da América Latina estão na adolescência; um ou outro, na fase adulta. Exemplos destes são poucos, mas não faltam. Lanús começa o processo no país de origem dos atletas, que, no caso, são jovens promessas. O Banfield faz o mesmo desde anos ao enviar estudiosos para o Equador e Colômbia. Só a venda de Mauricio Cuero pagou todo o investimento e ainda rendeu um bom lucro para o rival do Lanús. E o que fazem esses profissionais? Anulam o efeito-DVD. Veem os jogos in loco, anotam a evolução dos garotos, percebem seus atributos e limitações. E fazem mais: observam suas inúmeras pequenas adaptações às situações colocadas pelo cotidiano. Testemunham as reações dos jovens ao improviso de seus treinadores (na cantera isto é comum, principalmente no Uruguai, Argentina, Chile e, agora, também na Colômbia e Paraguai). O jovem é colocado numa posição ou noutra. Como reage? Certo dia jogou mesmo gripado, com febre ou com a notícia de morte na família. Como rendeu? Foi formado para ser camisa-9, mas eis que chegou um outro 9 de fora ou da promoção de uma cantera inferior. Precisou compor um "doble 9" e foi deslocado um pouco mais para o lado do campo. Como sentiu a mudança? Em que grau seu futebol se manteve, caiu ou evoluiu?

 

Uma joia promessa de repente é colocada no banco de reservas. Fica lá por meio tempo, por um jogo, por dois ou por vários. De que forma isto interfere no seu bom humor? Se fica irritado, sabe utilizar isto em seu favor? Elege o chão e/ou o céu para o destino de seus olhos, ou ofende todo mundo e vai-se embora para casa? Quando volta a ter uma oportunidade, some em campo ou pega a pelota e resolve para o time? DVD, disso tudo, nada ver. Por isso é método superado; melhor que ele são os profissionais que anotam não apenas as qualidades do atleta, mas também os resultados dos testes em que essas qualidades tendem a ser submetidas de forma incessante no seu dia-a-dia.  Mas que clube no Brasil faz isto? Nenhum.

 

Inútil dizer que qualquer jogador, em tese, é negociável. Mais útil é reconhecer que tudo depende de como ele será recepcionado, tratado e adaptado ao clube que o contrata. Se tais situações não existem, melhor selecionar alguém formado em certas canteras. Pela América Latina, há diversas que preparam o jogador não só para desenvolver seu futebol, mas também para adaptar-se a quaisquer clubes e situações no exterior.

Equipe de inteligência. Tem sido comum a contratação e formação de equipes de inteligências por certos clubes no Brasil. E o torcedor, em regra, tende a culpa-las pelos profissionais que chegam às equipes ou não chegam. O que o torcedor precisa saber é que nem sempre os dirigentes dotam a essas equipes da autonomia que elas precisam ter. Em geral, poucos são aqueles cartolas no Brasil que querem de fato descentralizar o seu poder. Então, equipes de inteligência são mais uma daquelas invenções, essencialmente interessantes, que muitas vezes se prestam apenas para chamar a atenção. Servem também como bode expiatório para a ausência de ação ou ação indesejável dos dirigentes. Isto também o torcedor não vê.

 

Funciona mais ou menos assim: um dirigente se depara com um jogador na TV ou este lhe chega por indicação de amigos, empresários etc. Ele aponta o atleta para a equipe de inteligência que passa a consultar os dados de seu desempenho ao longo da temporada. Ocorre que esses dados não levam em consideração aquilo que não aparece facilmente e que são ações valiosas que um jogador realiza para o time. Problema óbvio aqui: nossa experiência tem mostrado que o que constrói o interesse por uma contratação são os mesmos episódios de sempre. Em outras palavras, o alicerce é o mesmo de 30 anos atrás. Importa se o atleta é o bola-da-vez de alguma competição atual, se ele se destaca ou se destacou em algum clube brasileiro no presente ou no passado, e assim por diante. Em raro caso há uma prospecção relevante de mercado para buscar o jogador antes de ele aparecer.

 

Logo, essas equipes não dispõem de tal autonomia, recursos ou, vez ou outra, também de "inteligência". Há o caso de um atleta que tem se destacado numa seleção da América do Sul e que foi indicado por nós para um clube, a partir de uma consulta sobre perfis. Não deram a mínima. Contudo, tão logo ele se destacou com a camisa de uma seleção o interesse voltou a aparecer. Positivo, apesar de tardio, não fosse o fato de que antes de vestir a camisa da seleção ele valesse 70% a menos do que vale hoje em dia.

Há jogadores com 35, 37 e até 40 anos que servem para clubes brasileiros. Por que um sul-americano com este perfil há de sofrer rejeição? São os veteranos que valem. Porém, jogadores com idade avançada servem mesmo para os clubes? Para alguns, sim; para outros, não. Importa mais entender o seguinte: para que se deseja contratar um jogador? Para ele ser negociado no futuro ou para ele dar uma identidade futebolística à equipe atual? Possível ter as duas situações numa mesma contratação? Certamente.

Quisera, porém, que fosse fácil. Ocorre que por um lado estamos falando de jogadores jovens; muito bons, mas com baixo perfil e nem sempre com baixo valor de mercado. Por outro, de jogadores mais adaptáveis, com maior grau de protagonismo, contudo mais caros e com reduzida opção para negócio futuro.  Dilema é algo natural para seres que pensam. Estamos diante de um deles. E porque cartolas nem sempre partilharem desta reflexão, tendem a se inclinar pela via que mais julgam segura, a da costumeira simplificação. Em geral, dispensam a contratação de um "balzaquiano" em prol do jovem de 18 anos, mas sempre esperando que este tenha a experiência, maturidade futebolística ou desempenho de um "trintão". Agora, imaginemos a vida dura de um garoto que chega com essas expectativas inapropriadas sobre seu desempenho? Arraescetas estão aí como prova.

Fato é que enquanto um bom veterano tem condição para chegar e se tornar protagonista; um jovem, por mais que jogue muito em sua equipe de origem, dificilmente consegue cumprir este papel em curto prazo. E quando o jovem se torna esse "Judas", bom deixar claro, também muitos jornalistas ajudam a dirigentes e torcedores a malharem-no.

 

Nossa indicação chama a atenção para vários jovens valores; muitos recém-promovidos da base. E isto não deixa de ser um problema. Perfis assim pouco são levados em consideração por aqui. Talvez por isso que não aparecem. Na América Latina, técnicos não têm medo de promover esses atletas. Quando têm bola, jogam; na maioria dos casos, como titular, embora tenham 16, 17, 18, 20 anos. No Brasil, prevalece aquela ideia mentirosa de que o garoto precisa ser protegido. Verdade é que o garoto precisa ser lançado com cuidado e a partir de um plano prévio e sério para seu desenvolvimento no profissionalismo. Não for assim e vale mais deixá-lo na base do que fazê-lo esquentar o banco de reservas por uma temporada sem que entre num único jogo. Isto não é proteção, é medo e covardia.

 

Pesquisa e contratação de jogador no exterior haveria de ser somente parte de um projeto; a outra consistiria na montagem de uma equipe de adaptação do novo reforço. E quando falamos em "estrangeiros", não nos referimos somente a profissionais da América do Sul, mas também a "estrangeiros" do Maranhão, Rondônia, Amapá, interior do Pará, Piauí, Tocantins etc. Para um atleta que nasceu em Manaus, São Paulo ou Rio podem ser mais desconhecidas e amedrontadoras do que para alguém nascido em Buenos Aires, na Argentina. Nesta matéria, a da montagem de uma equipe de adaptação dos reforços estrangeiros aos clubes, também estamos muito atrás dos rivais da América do Sul. E muito.

 

Por fim, sobre as indicações, preferimos apontar o valor de cada atleta. Isto permite que o perfil caiba num número maior de clubes, e não somente da Série A do Brasileirão. Excluímos atletas em negociação, conhecidos ou já bem especulados no futebol brasileiro, no momento. Vamos à lista.

 

Defensores

 

A custo apenas é que se encontra o zagueiro canhoto, o quarto-zagueiro nato, em clubes do Brasil e da América do Sul. Funciona mais ou menos assim: quando chega aos testes da base um grandalhão canhoto e com perfil de zagueiro, ele logo é deslocado para atuar de volante, meio-campista pelos lados do campo ou até de centroavante. Não raro também de extremo, posição estranha para tal perfil, já que ela pressupõe alguém com muita velocidade. Daí que em vez do quarto-zagueiro o que se encontra é o zagueiro destro, o chamado zagueiro-central, que é adaptado à posição de zagueiro pela esquerda. Vez ou outra funciona; vez ou outa, não. Razão para fazerem isto na base qual é? A presunção de que o canhoto sempre será um jogador habilidoso e que por isso é um desperdício o colocar de zagueiro.

 

Quando um clube procura um quarto-zagueiro só acha destro improvisado; raramente um canhoto. Como saber se ele tem bola, se for desconhecido? Simples: se o zagueiro destro for daqueles que atua também pela lateral-direita então dificilmente será um quarto-zagueiro com bola. História conhecida de que às vezes o menos vale mais. Como o garoto foi muito treinado para atuar também na lateral-direita ele ganha resistência e cria dificuldades para jogar de quarto-zagueiro. Curioso é o caso contrário; um zagueiro canhoto tende a ser improvisado de zagueiro-central ou até de lateral sem que seu nível caia.

 

Ronald Matarrita, 21 anos, Nova York City. Lateral direito. Marca e apoia bem. RS 1milhão.

Severo Meza, 29 anos, Dorados Sinaloa. Lateral pela esquerda e direita e volante-pivô. R$ 6M.

Lichnovsky, 22 anos; chileno do Sp. Gijón. Defensor central e quarto-zagueiro, 1,87. R$ 2,2M.

Érick Aguirre, 19 anos, M. Morélia. Lateral direito, 19 anos, também de volante. R$ 1,7 M.

Felipe Campos, 22 anos, Palestino. Lateral direito. Veloz e inteligente na cobertura. R$1,8M.

Leo Morález, 29 anos, Sport Boys. Lateral esquerdo dos mais polivalentes do futebol boliviano. Joga em todas as posições do meio-campo e até como extremo pela esquerda. R$ 700 mil.

Geminiani, 25 anos, Patronato de Paraná. Lateral pela direita. Ótimo no apoio. R$ 1,2M

Alex Silva, 23 anos, Wanderers, Lateral direito e volante pela direita; muito bom. R$2M.

Maximiliano Olivera, 24 anos, Peñarol. Lateral esquerdo ou zagueiro. Canhoto, muito polivalente, atua até como primeiro ou segundo volante. R$4,9 Milhões.

Ezequiel Bonifacio, 22 anos. Gimnasia LP. Lateral direito. Futuro na Europa. R$2,2M.

Mauri Casiera, 30 anos, colombiano do San Martin SJ. Lateral. Buffarini barato. R$2,1M.

Alex Soto, 22 anos, Banfield. Lateral esquerdo. Cotado para o Rio/2016. R$ 350 mil.

Augustín Sant'Anna, 18 anos, Cerro do Uruguai. Lateral ou esquerdo. Para buscar ontem e dar a camisa titular para ele, revelação. R$1,8 milhão.

Diego Braghieri, 29 anos, Lanús. Zagueiro canhoto, o que é raro, firme na marcação, bom na cobertura. R$ 4M.

Rodríguez, 26 anos, Plaza Colonia. Defensor central que lembra Godín. Muito bom. R$400 mil.

Danilo Ortiz, 24 anos, paraguaio do Godoy Cruz, canhoto, 1,88 de altura. R$ 1,2 milhão.

Luis Segóvia, 18 anos, El nacional. Primeiro e segundo zagueiro, lateral pelos dois lados. De olho nesse garoto. R$ 200 mil.

Velázquez 36 anos, Lanús. Da linha dos veteranos que resolvem. Joga nas duas laterais 300 mil.

Horacio Benincasa, 22 anos, 1,84 altura, 22 anos Univestitáiro-Peru. Canhoto, joga nas duas, muito rápido. R$ 1,3 milhão.

Luis Abram, 20 anos, Sp. Cristal. Zagueiro canhoto, defensor; rápido na cobertura, muito promissor. R$ 1,05 milhão.

Nícolas Ferreira, 23 anos, San Marcos de Arica. Zagueiro destro, adaptado ao lado esquerdo. Xerifão, gigante, assustador. R$1,4 milhão.

Néstor Breitenbruch, 20 anos, Independiente. Lateral-direito. Bom marcador, R$ 6M.

Ramón Arias, 23 anos. Liga de Quito. Primeiro zagueiro. Fica livre agora, em julho/2016.

Arián Puchetta, 21 anos. Caiu do Boca e está sem clube. Uma oportunidade. Zagueiro canhoto, mas também lateral ou volante. Corridinha por ele vale a pena.

Nicolas Tripichio, 20 anos, Vélez. Lateral direito, primeiro e segundo volante. Talento. RS 2M.

Alex Cossio 21 anos, Sp.Cristal. Lateral-esquerdo, canhoto; nunca jogou, mas tem potencial para ser um bom segundo zagueiro. RS1,8 milhão.

José Aja, 23 anos, 1,91m Racing Montevidéu. Zagueiro destro, mas nas duas posições. Jogo aéreo é com ele. R$1,3M.

Ortiz, 23 anos Dorados de Sinaloa. Bom caso de zagueiro polivalente. Marcador rápido, R$1M.

Emiliano Amor, 21 anos, Vélez. Talento puro. Com a experiência de um "trintão". R$9 M.

Miguel Herrera, 27 anos, Monterrey. Zagueiro rápido, bom na marcação e cobertura, R$ 7M.

Roberto Chen, 22 anos. Zagueiro e lateral pela direita, panamenho do San Francisco FC,  marca muito bem, joga nas duas posições de zagueiro e chega firme, se precisar. R$ 900 mil.

  1. Palacios, 29 anos, Olimpia Tegucigalpa. Zagueiro. Mesmo de onde vem, vale os R$ 2,2M.

José Salvatierra, 26 anos, Alajuelense. Notável na rapidez marcação. R$1,1M.

Wilker Ángel, 23 anos, Dep. Táchira. Zagueiraço, destro, 1,88 m; rápido eficiente na cobertura, grande revelação. R$2,6 Milhões.

  1. Cummings, 24 anos, Alajuelense. Zagueiro que se notabiliza pela agilidade. R$ 950 Mil.

Lautaro Giannetti, 22 anos, 1,84 m, Vélez. Primeiro e segundo zagueiro com todos os fundamentos na arte de defender. Rápido e atento. R$2,6 milhões.

 

Meio-campista Todo mundo reclama pela falta de um camisa 10. Isto não só no Brasil, mas em todos os cantos da América. O fato é que deum tempo para cá no Brasil e também na Argentina, o jogador é feito aos gosto do freguês. E o freguês mais respeitado, no caso, é o europeu. Os europeus nunca deram muita bola para o camisa 10. Todos querem um 10, mas ninguém se preocupa em fazê-lo.  Na base, quando chega um perfil de meio-campista central, habilidoso, ele logo é deslocado para os lados do campo, ou para volante, segundo volante, ou, em outras situações, para atacante. Sendo assim, ele é treinado para executar várias funções e acaba se perdendo naquilo que possui de melhor: a sua essência de camisa 10. De forma que estamos diante de um paradoxo: todos querem esse jogador, mas nenhuma cantera se preocupa em fazê-lo. Natural que se no Brasil este processo esteja avançado, logo encontraremos menos esses jogadores do que na Argentina, por exemplo. Paredes, da Roma, é um exemplo de enganche que não recebeu valor na Europa; o que não é nada estranho, pois se o atleta executa poucas funções dificilmente joga no futebol europeu. E o que faz de Paredes um ótimo camisa-10 é que, quando estava na cantera, seu desempenho era tão vistoso, que seus treinadores optaram em desenvolvê-lo como um 10 clássico e não como um faz-de-tudo para a equipe. Lo Celso é um exemplo de jovens argentinos que mesmo contra as expectativas têm aparecido na terra dos hermanos. Guerra, do Altlético Nacional tem, 30 anos e o fato de se destacar somente agora mostra o quanto um meio-campista clássico não é levado a sério na América do Sul. Porém, no caso do venezuelano, conta também a sua dificuldade de romper com as adversidades, enquanto era jovem.

 

Volantes

 

Maurício Martínez, 23 anos, Unión Sta Fe. Dos melhores volantes que há no futebol argentino; polivalente (inclusive como primeiro e segundo zagueiro), rápido e técnico. R$ 3,1 milhões.

Diego Valeri, 30 anos, Portland. Jogador que arruma equipe. Toparia sair da MLS. R$6 milhões.

Erwin Saavedra, 20 anos, Bolívar. Volante muito promissor, melhor da seleção boliviana. Bom assistente; dá ritmo ao meio-campo; convém buscar logo. R$ 2 milhões.

Christian Oña, 23 anos, Dep. Cuenca. Volante-pivô revelação da posição no Equador. R$1,8 M.

Brayan Oña, 22 anos, Dep. Cuenca. Segundo volante ou extremo, muito ofensivo, marca muitos gols. R$ 1,55 milhão.

Francisco Silva, 30 anos, Jaguares Chiapas. Primeiro volante com excelente marcação. R$ 5M.

Román Martínez, Lanús. Com 33 aos, corre e joga como um garoto de 20 anos; arruma qualquer equipe. Está sem contrato, mas perto de renovar com o Granate.

Gerónimo Poblete, 24 anos, Colón. Primeiro e segundo volante. Bom para o time e para negócios no futuro. R$2M.

Guido Rodríguez, 22 anos, 1,85 de altura, River, mas está sem contrato. Vale R$ 5 milhões.

Santiago Ascacíbar, 19 anos Estudiantes. Marca, cobre e sobe ao ataque. R$ 900 mil.

Walter Veizaga, 27 anos, The Strongest. Marcador nato; se desdobra em campo. R$ 1,6 M.

Ivan Rossi, 22 anos, Banfield. Garoto ainda, mas já sabe dar saída de jogo à equipe. R$ 1,9 M.

Randall Azofeifa, 31 anos, Herediano. Primeiro volante típico: garra, força e marcação, 1,8 M.

Andrés Roa, 23 anos, Cali. Meio-campo ofensivo, que costura pelo centro do campo. R$1,3 M.

Seba Rodríguez, 23 anos, Liverpool do Uruguai. Segundo volante ambidestro; bom no jogo aéreo. R$1,1 M.

Matías Caseras, 24 anos, Plaza Colonia. Marcação garantida, só que sabe se apresentar como elemento-surpresa; Elias jovem e barato. R$ 840 mil

Victor Ayala, 27 anos, Lanús. Volante e lateral destro. Base do bom time do Granate. R$ 7M.

Robert Piries, 21 anos, Olímpia. Volante ambidestro. Outra revelação paraguaia. R$2,2M.

Yony González, 21 anos, Junior Barranquilla. Polivalente, mordedor disciplinado. R$1,2M.

Raúl Loaiza, 22 anos, Boyacá Chicó. Meia pelo lado direito do campo.R$1,2 milhões.

Compagnucci, Huracán. Volante; um Ralf com 20 anos, com técnica e personalidade. R$1,8M

Guille Celis, 23 anos, Junior Barranquilla. Volante-pivô da seleção colombiana. R$ 2,65M.

  1. Garcés, 20 anos, Universidad S.Martín. Volante-pivô. Futuro titular da seleção. R$675 mil.

Maxi Calzada, 26 anos, Defensa y Justicia. Bom de bola. Volante ou interior. R$3,2M.

José Leudo, 22 anos, Dep. Pasto. Muito técnico; ótimo armador da equipe. R$ 900 mil.

Gustavo Colmán, 31 anos, jogou no Rosário Ctral; está sem clube. Cerebral, toque refinado na pelota. Lesões têm afetado seu físico e ritmo de jogo. Desafio para a enfermaria do clube.

Jonas Aguirre, 24 anos, volante pela esquerda, o chamado volante interior. Queda livre agora em junho.

Cervallos Jrs, 21 anos, LDU. Volante de forte marcação e ótima saída. Vale os R$ 5M.

Miguel Carranza, 20 anos, 1,64, Unión Comércio. Motorzinho. Atua pelos dois lados. R$1M.

Guzmán, 21 anos, Pachuca. Marcador forte, rápido e com boa cobertura dos alas. R$ 1,1 M.

Marcone, 28 anos, Lanús. Excelente volante, com todos os fundamentos defensivos. R$ 5,4 M.

Nelson Lara, 19 anos, Dep.Maracá/Equador. Um touro na marcação. R$ 700 mil.

Diego González, 28 anos, Santos Laguna. Excelente volante; jogador "arruma-time". RS7 M.

Alejandro Chumacero, 25 anos. Condenado aqui porque não teve chances com o Geninho, no Sport; uma injustiça. Dos melhores volantes na América do Sul, moderno, rápido. Quase todos os gols do Strongest passam por ele.  Polivalente, joga de lateral, volante centralizado, pela direita ou meio-campista mais avançado. R$ 1,9 milhão.

Meio-campistas

Ezequiel Dos Santos, 21 anos. Sacachispas. Meio-campista armador. Apenas R$ 100 mil.

Bryan Rabello, 22 anos, Santos Laguna. Muito rápido. Volante pela direita e extremo. R$3,8M.

Edson Puch, 30 anos. LDU. Muito habilidoso, também arma a equipe a frente dos volantes, falso 9 e também extremo pelos dois lados. R$2,2 milhões.

Nacho González, 22 anos, Nacional. Meio-campista polivalente do Bolso. R$2,6 milhões.

Orellana, 21 anos, Católica. Meio-campista organizador e ofensivo; sub-23 chilena. R$ 800 mil.

Raúl Loaiza, 22 anos, Boyacá Chicó. Meia pelo lado direito do campo. R$1,2 milhões.

Iván Rossi, 22 anos, Banfield. Gosta de tomar o meio-campo para seu domínio. R$2M.

Leonardo Ruiz, 33 anos, Excursionistas. Enganche goleador, do tipo que amadureceu com a idade. Pechincha, R$300 mil. Camisas como a da Ponte, Vitória, Ceará, América MG, Goiás…

Tomás Martínez, 21, River. Enganche clássico, tem muita bola, R$1,2 milhão. Por enquanto.

Carlos Suárez, 24 anos, Caraboco FC. Meio-campista centralizado, organizador da equipe, também atua como 1º e2º volante. Muito inteligente dentro de campo. R$900 mil.

Carlos Cisneros, meia-atacante, Atlas. Joga perto dos atacantes; cerebral. R$ 600 mil.

Roberto Siuchio, 19 anos, Universitário Peru, extremo pela esquerda, assistente e com boa leitura do jogo. R$ 900 mil.

Erick Gutiérrez, 21anos. Palmas para o camisa 8 do Pachuca. Caro, mas compensador no futuro; R$10 milhões.

Robsón Aponzá, 27 anos, Alianza Atlético. Meia-ofensivo goleador, também extremo, veloz, inteligente e com faro de gol. R$1,2M.

Mathias Santos, 22 anos Wanderers. Meio-campista central, organizador de jogo, ótimo segundo volante, mas também mais a frente, atrás dos atacantes, 1,2 Milhão.

Helmut Gutiérrez, 31 anos, Sport Boys. Faz gols e assiste como poucos, inteligente, RS 700 mil.

Joel Soñora, 19 anos. Stuttgart II. Meia ofensivo e extremo ambidestro. R$ 400 mil.

R.Otero, 23 anos. O venezuelano é o cérebro do meio-campo do Huachipato, do Chile, R$1,8M.

Leonardo Rolón, 21 anos, Vélez. Meio-campista pela direita, hábil e rápido no drible. R$ 1,5M.

Luis Fariña, 25 anos, La U de Chile. Enganche; joga fácil. R$ 7milhões.

Servetto, 20 anos, Vélez. Meia ou extremo. Perfil goleador, jovem muito bom RS 2,3M.

Martín Tonso, 26 anos, Colo Colo. Enganche ou meia pela direita. R$ 5,5 milhões.

Ángel González, 22 anos, Godoy Cruz. Meio-campista pela direita; chega rápido ao ataque para marcar ou assistir: jogo vertical. R$1,5M.

Fede Valverde, 17 anos. Peñarol. Entre as maiores revelações do futebol mundial. R$1,8M.

Iván Chacón, 21 anos, Vélez. Na base, era atacante, daí sua ofensividade. R$ 200 mil.

Rubén Botta, 26 anos, Pachuca. Meio-campista dos sonhos dos clubes brasileiros. Para chegar e pegar a camisa em qualquer clube brasileiro. R$10,5 milhões.

Molina, 18 anos, Boca Jrs. Meio-campista aberto pela direita, extremo e até lateral. R$ 400 mil.

Leonel "Pelusa" Canil, 17 anos, Lanús. Meia ofensivo; promessa do Granate. Pechincha.

Leonardo Vaca, 20 anos, Blooming. Meia pelo lado esquerdo do campo, centralizado ou pela direita, revelação boliviana. R$ 700 mil.

Joaquín Rikemberg, 17 anos, Belgrano. Meia criativo, enganche e goleador. Driblador, inteligente, uma joia. R$ 500 mil.

 

Atacante. Quando pensamos em atacante, estamos diante de outro paradoxo: o centroavante é requisitado por todos, mas não se formam mais jogadores essencialmente centroavantes. Neste ponto, o Brasil é infinitamente pior do que seus vizinhos da América do Sul. Ábila e Marco Rubén são centroavantes modernos, mas essas características, em ambos, só foram desenvolvidas depois, quando já eram profissionais. Na cantera, foram treinados exaustivamente para serem centroavantes. No caso de Ábila, seu treinador até o repreendia quando ele saía do interior da grande área. Parte de sua preparação consistia em lidar com linha de impedimento, cabeceio e posicionamento. Outra parte, em como utilizar o corpo para se livrar da marcação no interior da pequena área.

Lista de jogadores. Nossa lista vai priorizar jogadores com idades reduzidas. Nossos clubes não têm dinheiro para fazer altos investimentos. Além disso, clubes brasileiros precisam aprender a fazer o mesmo que os europeus, ou seja, buscarem jogadores ainda nas canteras sul-americanas. Sendo assim, a maioria dos nomes indicados cabe no orçamento de clubes da Série A, B e C do campeonato brasileiro.

 

Santiao Rosales, 21 anos, Defensa y Justicia. Extremo pela esquerda ou meia. Excelente. R$2M.

Lucas Melano, 23 anos, Potland Timbers, atacante extremo pelos dois lados do campo. Pode atuar como centroavante, mas do tipo que não fica preso dentro da área. Fato de não ter se adaptado à MLS pode facilitar a negociação. R$ 7,5 milhões.

Kevin Ramírez, 22 anos, Nacional. Muito rápido, um lutador e tático. R$ 3,8 milhões.

Yeferson Soteldo, 19 anos, Zamora, driblador, goleador tem perfil para vestir a camisa de qualquer time grande do Brasil. R$ 2M.

Cecílio Domínguez, 21 anos, Cerro. Atacante completo; excelente; revelação. R$2M.

M.Saracchi, 18 anos, Danúbio. Excelente revelação. Lateral, ala, atacante e meia. R$1,4M.

Carlos Fierro, 21 anos, Querétaro. Belo jogador, extremo esquerdo. R$ 4,2 milhões.

Alberth Elis, Olímpia de Tegucigalpa. Desconsiderem de onde vem; tem bola. R$ 2,2 M.

Martínez, 21 anos, Racing. Completo. Se o Racing vender, bom comprar logo. R$ 3,6M.

Christan Tabó, 22 anos, Nacional. Atacante polivalente. Ótimo definidor. R$3,5M.

Matheus Gonçalves, atacante brasileiro do Pachuca, mas se desenvolveu no Cora FC, da 2ª divisão mexicana. 22 anos, goleador. R$ 1,6M.

Enzo Trinidad, 19 anos, Banfield. Meia centralizado ou pela esquerda. Talento. R$ 3 milhões.

Narareno Solís, 22 anos, Talleres. Extremo esquerdo; ótima canhota. Um dos pilares do acesso de "La T" à elite argentina. R$2M.

Carlos Garcés, 26 anos, Atlante. Extremo direito ou centroavante. Goleador nato. R$4,5 M.

Alfonso González, 21 anos, Atlas. Extremo direito, atacante completo. R$5,7M.

Mauricio Tevez, 19 anos, Newell´s. Craque. Atacante pelos lados; bom armador. R$ 10 milhões.

Bryan Cabezas, 19 anos. Del Valle. Extremo e centroavante. Ótimo. R$2,8 milhões.

Marcos Riquelme, 27 anos, Palestino. Atacante pelo lado esquerdo. Faz e entrega gols como poucos, R$3 milhões.

Leandro Barcia, 23 anos, Nacional. Extremo direito, lutador. Sua garra na marcação dá identidade guerreira ao ataque de uma equipe. R$3,6M.

Jesús Mendéz, 31 anos, Independiente. Do tipo que dá preenchimento à equipe. R$ 1M.

Diego Riolfo, 26 anos, Wanderers. Extremo direito. R$ 1,5 milhão.

Juan Carlos Azócar, 20 anos. Táchira. Extremo direito. Futuro titular da Vinotino.  R$ 1,1M.

Christan Tabó, 22 anos, Nacional. Atacante polivalente. Ótimo definidor. R$3,5M.

Jonathan González, 20 anos, León. Extremo pela direita. Pelo que ainda promete, vale R$5,5M.

Washington Corozo, 17 anos. Del Valle. Centroavante e também atacante de lado de campo. Tido como uma das grandes revelações do futebol equatoriano. Preparador de jogadas, hábil, veloz, generoso nas assistências. R$ 320 mil.

Samuel Sosa, 16 anos. Táchira. Tem depurada técnica, ótima canhota; veloz, bom arremate e visão de jogo. Futuro titular da seleção venezuelana. Conselho: contratem logo e nada de colocá-lo na base, já foi preparado para ser titular. R$ 200 mil.

Gonzalo Bueno, 23 anos, Estudiantes. Atacante uruguaio veloz e driblador. R$3,1M.

Hernán Hechalar, 27 anos, Independiente Santa Fe, 27 anos, atua de extremo pelos dois lados. Dispõe de bom senso de colocação. R$ 2,6 milhões.

Centroavantes

Y.Duk, 28 anos. Boa movimentação, sabe sair da área. Boliviano do N.York Cosmos. R$1,1M.

Nicolás Dibble, 22 anos, Plaza Colonia. Atacante moderno; joga também pelos dois lados do campo ou de centroavante. Goleador e assistente inteligente. R$ 2M.

Brian Montenegro, 22 anos, Nacional Paraguai. Camisa 9 típico. Goleador. R$1M

Diego Mayora, 24 anos, Unión Comercio. Goleador, em 2014, fez 51 gols. R$1M.

M.Caballero, 21 anos, Vaduz. Centroavante goleador, pouco adaptado à Europa. R$1,3M.

Miguél Borja, 23 anos. Cortuluá. Goleador; um lutador dentro de campo. R$2,8M.

Níco Trecco, 27 anos, Tiro Federal de Bahía Blanca. 2,2 milhões.

G.Rodríguez, 24 anos, Wanderers. Centroavante e atacante pelos lados. Artilheiro. R$ 4,8M.

José Angulo, 21 anos. Del Valle. Goleador do José Terá na Libertadores. R$ 4,5 milhões.

Ángel Zaldívar, 22 anos, Chivas. Camisa 9 rápido com fundamentos bem trabalhados.R$2M.

Sergio González, 21 anos, Lanús. Camisa 9 de área. Todos os fundamentos bem trabalhados. Facilita a infiltração de volantes; um ótimo nome. R$ 6,3 milhões.

Penilla, 25 anos, Barcelona do Equador. Maturidade era o que faltava. Chegou. R$5,8M.

Sergio Valenti, 30 anos, Argentino de Quilmes. Um 9 goleador; lutador de área. R$400 mil.

Bladimir Díaz, 23 anos, CD Chalatenango. Colombiano perdido e sobrando no futebol de El Salvador. Pechincha.

Luciano Pons, 26 anos, Atlanta da Argentina. Centroavante de área e goleador. R$ 1,2 milhão.

Rubén Bentancourt, 23 anos. Centroavante uruguaio promissor e perdido no Atalanta. R$1,2M.

Germán Lessman, 25 anos, All Boys. Goleador da Série B argentina. Ótima opção. R1,1M..

Christan Menéndez, 28 anos, At.Tucumán. Goleador e ídolo do Decano.  R$ 3M.

Kevin Ramírez, 22 anos, Nacional. Opção mais barata para Nico López. Tem bola. R$3,8M.

Junior Arias, Liverpool Uruguai. Camisa 9 típico, muito rápido e com faro de gols. R$3,7M. Walter Chalá, 24 anos, Dep.Cuenca. Centroavante de área. Amadurecimento tardio. R$ 1,2M.

Gonzalo Bergessio, 31 anos, Atlas. Goleador com vasta experiência. R$7,5M.

Mejía, 21 anos, El Nacional. Muito promissor, mas ainda com altos e baixos. R$400 mil.

Pablo Velázquez, 29 anos, Cerro. Definidor com amplo conhecimento da área. R$ 7M.

Leonardo Castro, colombiano de 27 anos, perdido no Mamelodi Sundowns FC. R$1,8M.

Adrian Cubas, 20 anos, Boca Jrs. Meia habilidosíssimo, pouco aproveitado. Um talento. R$7M.

 

 

ESCREVEU JOZA NOVALIS

 

Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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