O que foi possível. Atlético Nacional 2 X 1 São Paulo
Patrício Polic é para o São Paulo o que Ubaldo Aquino é para o Palmeiras desde 2001, o que Carlos Amarilla é para o Corinthians desde 2013. E contando.
8 minutos em Medellin. Michel Bastos cruza uma bola morta da esquerda, Calleri sobe sabe-se lá como, e manda no contrapé do ótimo Armani. O São Paulo é muito forte em Libertadores.
15 minutos. Borja recebe às costas de Lugano que errou o bote, ganha na corrida de Rodrigo Caio, e bate cruzado sem chance para Denis. Esse Nacional é muito forte nesta Libertadores.
16 minutos. Calleri cabeceia bola que vem de Rodrigo Caio e manda no travessão. Esse Calleri é muito goleador nesta Libertadores.
22 minutos. O São Paulo faz partida muito boa e inesperada na Colômbia. Wesley faz bem o corredor na função de Kelvin. Centurión até se vira na de Ganso, dando dinâmica e opção. Michel Bastos vem armar por Ganso. O Nacional erra mais passes que o normal. Sim. É possível.
25 minutos. Tanto é que quase Centurión aparece na cara de Armani…
26. Tanto é que de novo às costas de Bocanegra, Calleri chegou um pouco tarde. O São Paulo já poderia ter feito a diferença necessária. Acredite. Por que o São Paulo está acreditando. Um belo jogo. E uma ótima atuação tricolor.
29. Bola nas costas de Mena. Marlos Moreno só não virou por bater precipitadamente. O Nacional é forte. Mas está passando a ideia de que vai ganhar quando quer.
30. Bola nas costas de Mena. Parte 187. Caio bobeou, Lugano não estava em lugar algum, Moreno perdeu gol mais do que feito, isolando a pelota.
35. Jogo igual. Melhor o São Paulo do que o esperado. Nacional não joga mal. Mas não esperava partida tão boa do rival.
47. Hudson entra na área em belo lance de Michel Bastos. Árbitro caseiro não é de dar esse pênalti. Poderia ser marcado. Nem tanto pelo empurrão, mais pelo calço na perna dele. Hudson pediu para ser derrubado. E eu teria marcado. Lance para discutir. Na Libertadores, é muito difícil ser marcado para o time visitante.
Fim do primeiro tempo. É possível. Como é possível Hudson ser expulso pelo conjunto da obra. Bauza precisa pensar em um substituto. O tricolor pode pensar no que parecia impossível. Jogou muito bem. E tem um lance para reclamar e incendiar.
Segundo tempo. São Paulo botou os nervos no lugar e a bola no chão. Jogou para se classificar. E para cavar faltas laterais. A bola aérea é muito forte. Por isso, aos 10, Alan Kardec foi para o jogo no lugar de Hudson.
10 minutos. No que Kardec entrou, o Nacional só não virou por grande defesa de Denis. Bauza abriu o time com Wesley na de Thiago Mendes e este na de Hudson. E Mena quase entregando a rapdura em seguida para Berrio. Centurión foi aberto pela direita, para fazer o que Michel Bastos faz pela esquerda. Kardec foi jogar de atacante ao lado de Calleri. Um 4-4-2, quase um 4-2-4 com a bola.
14. Bruno foi o que Ronaldo Luis tanto foi em 1992-93. O salvador das bolas impossíveis sobre a linha. Será que ainda dá? Com mais espaço, o Nacional é mais perigoso. E Denis vai evitando a virada que o sistema defensivo tricolor não está conseguindo segurar. Foram quatro chances em três minutos. Muito pelo que jogaram Torres e Berrio.
16. Luís Araújo entrou para fazer a de Centurión e entrar mais por dentro. Necessário para o São Paulo reencontrar o jogo e o meio-campo que está com o Nacional.
22. Guerra em campo. O jogador. Talvez o melhor da Libertadores. Organiza atrás e arma à frente. Pode ser o pé para garantir a classificação verdolaga. Na primeira chegada já causou um furdúncio. Jogo difícilimo para o São Paulo. Mas uma atuação digna de um semifinalista.
27. Carlinhos entra para atacar o que Mena não atacou e para seguir não marcando como o chileno.
29. Hora de o São Paulo ir com tudo. Momento de o Nacional abusar da troca de bola que sabe bem fazer.
31. Carlinhos abre demais o braço em cruzamento da direita. Pênalti bem marcado pelo bandeirinha. Ainda mais para o time da casa. Mesmo se não tivesse sido, pelo espírito do apitador, teria sido.
32. Borja mandou no ângulo esquerdo. Bela cobrança. Na sequência, Lugano expulso por bater palmas, para variar. E, logo depois, também Wesley. Ou não. Parecia Michel Bastos. O árbitro é muito atrapalhado. Para abusar do eufemismo. O Nacional é muito mais time. Mas o São Paulo não merecia tamanho castigo pelo que jogou. E pelo que o caseiríssimo árbitro fez.
40. Oito minutos para o jogo reiniciar. O Nacional respeitou a história tricolor e não forçou o ritmo contra 9 são-paulinos.
Fim de jogo com menos acréscimo do que o recomendado. Arbitragem ruim e caseira. E vitória do melhor time em campo, no Morumbi, e em toda a Libertadores.
O São Paulo fez o que era possível, e sempre parece mais possível para ele em Libertadores. O Nacional é o favorito ao título. Venha quem vier.
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