Atlético internacional. Campeão da Libertadores

Melhor ataque. Melhor time. Melhor treinador. Melhor futebol. Melhor estratégia. Melhores arbitragens. Artilheiro de cinco gols em quatro jogos decisivos – Borja. Craque do campeonato que só foi titular na partida decisiva – Guerra. 

Em maio de 2012 chegou Osorio para iniciar ótimo trabalho no Atlético Nacional. Três anos depois ele deixou o clube como maior vencedor da história. Reinaldo Rueda assumiu no segundo semestre do ano passado para ir além. Manteve a base e as ideias do antecessor, mas com mais experiência e entrosamento, e um melhor entendimento das fases do jogo, aplicou um grande futebol em 2016. Mesmo perdendo jogadores e ritmo na parada da Copa América, manteve-se fiel ao estilo de bola bem trabalhada, incursões ofensivas, linhas compactas, e força e qualidade técnica bem dosadas. 

As arbitragens ou ajudaram explicitamente ou não atrapalharam. Mas apenas isso não explica a conquista de Medellin. O melhor futebol verdolaga mereceu o título em 2016. Com um jogo que teria sido campeão em muitas das últimas Libertadores. Poucas equipes jogaram tanto e tão bem. Poucas mantiveram a base e as ideias, mesmo trocando o comando. 

Algo que o valoroso vice Del Valle também faz muito bem. Repetto comanda há mais de três anos o Independiente. Trabalhou bem alguns bons jogadores. Superou todas as fases em que não se credenciava como favorito. Eliminou o então campeão River e bateu duas vezes o Rey de Copas deste século Boca. Levou um gol de cara na finalíssima fora de casa e não se intimidou. Poderia ter um pênalti para bater no primeiro minuto do segundo tempo. Não é melhor que o campeão. Mas não foi subjugado. Talvez, apenas, subestimado por mim e por tantos. 

O título está nos melhores pés. Em Medellin que se reergueu como modelo de cidade para o mundo. Em exemplo de futebol que pode ajudar o brasileiro a se reencontrar. Sobretudo se derem a treinadores daqui – ou aos que veem de fora – o tempo que se deu para o Nacional ir além de Medellin.