Nossa linda juventude. São Paulo 1 X 2 Juventude. 

É do meu tempo a canção. E é tanto tempo atrás que parece ser de quando voava o 14-Bis. É da banda que deixou saudades nos anos 80. 14-Bis: "Nossa Linda Juventude". 

Página de um livro bom. Como tantas páginas gloriosas o São Paulo escreveu em todas as décadas. Até na de jejum, nos anos 1960, enquanto completava o Morumbi. O vazio palco de um jogo contra o Juventude, hoje na Série C, com potencial de B, pelo time bem armado por Antônio Carlos Zago. Do tempo em que na zaga o Tricolor formava jogador de Seleção. Do tempo em que a torcida também dava tempo para Dario Pereyra virar Dario Pereyra, para Raí ser Raí, até para Mario Tilico ser campeão brasileiro.  

Hoje erra um passe e tome vaia. Hoje falha na meta e tome apupo. Hoje joga contra qualquer time e passa apuro. Ontem entra com três para marcar no meio e não consegue levar perigo. E tome ferro merecido no fim, ainda que se possa discutir se foi pênalti do Thiago Mendes – o que não se discute é que ele teria como evitar entrar no rival daquele modo. 

Falta modo, meios, jeito e jogadores. Falta muito São Paulo ao São Paulo e não é de hoje. 

No Morumbi esvaziado, não se viu o espírito das noites de Libertadores é muito menos bola. Em campo, apenas um campeão da Copa do Brasil (em 1999) contra um time que jamais ganhou o torneio. Tricolor tri da Liberta e tri do mundo. Mas zicado na Copa. E que jogou como se fosse uma partida qualquer. E que pode ter se despedido do único meio de voltar ao torneio dileto em 2017. Aquele que o São Paulo fez de tudo em 2015 para disputar e ainda se classificou. Aquele que parecia ser o pior brasileiro e foi mais longe, eliminado apenas pelo grande campeão. Aquele Clube da Fé que move montanhas. Mas não alguns entulhos que parecem estar há anos se lixando para a linda juventude tricolor.