Palmeiras vence e tenta afastar retrospecto das manchetes negativas
Palmeiras segue sendo o maior favorito ao título. Mas de um campeonato para se definir na última rodada, contra Flamengo e também Atlético Mineiro. Flamengo que tem jogado melhor que o Palmeiras, Galo que tem tabela menos complicada e mais elenco.
Mas o Palmeiras faz campeonato mais equilibrado, e segue vencendo até quando não joga bem, como venceu o Santa Cruz, no Arrudão.
E segue o Palmeiras tendo de vencer até as manchetes da imprensa: a do Twitter da FOLHA desta segunda-feira já é histórica:
"Palmeiras vence e tentar afastar retrospecto negativo na liderança".
Palmeiras é líder há 11 rodadas.
Das 28 do BR-16 ele liderou 19.
Abriu três pontos no mais equilibrado campeonato dos últimos anos.
É o melhor visitante do torneio.
Tem o maior número de vitórias.
Melhor ataque.
Maior saldo.
É o maior campeão nacional, desde 1959.
Mas, para a edição do jornal, ainda precisa "afastar retrospecto negativo na liderança…".
De fato, em 2008 e 2009, quando tinha menos time, elenco e futebol que agora, o Palmeiras de Luxemburgo e Muricy ficou pelo caminho. Pode até citar isso amanhã. Mas não minutos depois da vitória emocionante. Dar mais espaço e atenção a mero dado estatístico que ao claro calor e clamor do jogo é jogar contra a galera. É praticar o jornalismo do contra. É torcer contra.
É absurdo e sem noção levantar a dúvida depois da vitória do líder sem lembrar o "retrospecto" das Taças Brasil de 1960 e 1967, do Robertão de 1967 e 1969, do BR-72, BR-73, BR-93 e BR-94.
Pode lembrar 2008 e 2009.
Mas jamais esquecer 1960, 1967, 1967, 1969, 1972, 1973, 1993, 1994.
O futebol não começou em 1990.
Mas o jornalismo pode acabar neste século por insistir em desconhecer a história.
Ou por repetir a velha história do mau humor velhaco.
Clubismo não é assumir o time pelo qual torce. Clubismo é não disfarçar o que distorce contra quem não torce.
Todos têm o direito de torcer no futebol. No jornalismo esportivo, todos têm o dever de não distorcer.
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