Virou. Botafogo 1 X 0 Inter

Eu marcaria o pênalti pela infantilidade e imprudência de Eduardo. Mas é bem discutível. Jamais foi mão na bola do zagueiro gaúcho. Mas a infração pode ser marcada. O que não se pode falar é que foi um bom jogo. O gramado ruim impede. As necessidades colocadas sufocam. E as qualidades defensivas do Botafogo de Jair que só tomou 3 gols em 11 jogos do returno são inquestionáveis. 
Tudo no jogo se pode debater. Tudo na vida pode virar. 

15 de junho de 2016. Oitava rodada do BR-16. Com autoridade e "pezinho no chão", o Inter de Argel vence o preocupante e decepcionante Galo por 2 a 0. Sasha e Vitinho. Mais de 24 mil foram ao Beira-Rio aplaudir sete titulares que também estiveram presentes em mais uma derrota de Celso Roth e da direção colorada. De um time desarmado e desalmado. Que levou o gol discutível e ficou trocando bola como se fosse o Inter de 1976, o campeão brasileiro com o melhor desempenho da história. Desesperando Pedro Ernesto na Gaúcha a respeito do "toque de bola acadêmico" e improdutivo no meio-campo. Jader Rocha, no Sportv, disse que Roth mandou Danilo Fernandes à área. O goleirão não quis. Parecia que ninguém quer nada além de queda no Inter. E eram os mesmos sete titulares de Argel. 

Não era time para ser líder. Não parece ser time para cair. Mas está pedindo. Implorando. E perdendo. 

Diferente do Botafogo que naquela mesma oitava rodada deixava a rabeira da tabela ao vencer o América por 3 a 1, em Volta Redonda. Três gols do mesmo Sassá artilheiro do BR-16. De um Fogão muito melhor que a encomenda com Jair Ventura. Equipe que só tinha então  quatro dos titulares na Arena Botafogo. Time que encorpou enquanto o Inter definhou. 

Era a oitava rodada quando Inter era líder e Botafogo deixava a lanterna. 

Faltam oito jogos para a nova virada. 

Dá pra acreditar no Inter? Não sei. 

Mas se o Botafogo acreditou, por que não?