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Blog do Mauro Beting

Olê, Olê, Olê, olê... Titê... Titê... Brasil 3 x 0 Paraguai.

Mauro Beting

29/03/2017 00h07


Quer dizer que o Brasil que corria "sérios riscos" TM de não se classificar para a Rússia em 2018 até agosto do ano passado é praticamente esse mesmo que passou o carro no Paraguai e nos outros sete adversários nas Eliminatórias?

Sim. É o Brasil que não escalava como merecia e como podia e pedia P.Coutinho (autor do primeiro golaço em Itaquera em belo lance com Paulinho Sócrates) por coisas que "vocês não sabem", como justificava Dunga. É o Brasil que ficou privado também de Marcelo (autor de belo gol em passe de Sócrates de Paulinho) também por teima do ex-treinador. É o Brasil onde Neymar não se sentia tão Neymar também por algumas teimas do então treinador com o gênio da camisa 10 (autor de grande jogada de 80 metros que daria no segundo gol em São Paulo). 

Dunga não fazia o Brasil jogar. Tite faz. A ponto de ganhar fãs onde havia pontos de interrogação. A ponto de ganhar todos os 24 pontos que disputou com a Seleção. Os últimos seis sem o Gabriel Jesus que estreou de fato com ele. E com esse Brasil que joga longe a tese da geração ruim. Embora ainda não esteja pronto. E não está mesmo, como em alguns momentos sem lampejos, lâmpadas e com lamentos e lamúrias em Itaquera contra o Paraguai que jogou para não deixar o Brasil em pé.  Jogou para não deixar jogar. Jogou para dar pancada. Como Neymar pede. Exige. E parece gostar mesmo de apanhar e chamar a responsa tanto quanto a porrada. Até quando não sofreu a falta que o árbitro errou ao anotar pênalti, e ele errou na cobrança defendida por Silva. 

Mas é Neymar. Ele se redime. É o Brasil. Ele explode. 

É Tite. Tão bom que já ganhou a versão da melodia que era de Telê. Com a adaptação própria da rima pobre mas de um time rico.  Para alguns, com a heresia da celeridade dos tempos. 

Mas a comparação não é disparatada e desproporcional.  A carreira de Tite está em aberto. Ele pode chegar pela Seleção onde Telê não chegou. 

Mas o mestre mineiro conseguiu algo que poucos conseguiram. Conquistar o mundo sem ganhar uma Copa, como em 1982. 

Que Tite vá além. 
E ele pode. 

Até porque tem um 10 que pode demais. 

(E Tite tem um crédito ainda mais ilimitado por ter redescoberto Paulinho). 
Veja o jogo na análise de GUSTAVO ROMAN. AQUI

Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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