História de um grande amor. Juventus 2 x 1 Monaco
É tão bom o Monaco que Mbappé mandou na trave de Buffon uma bola, ainda que impedido, com 4 minutos, em Turim. Tão promissor esse atacante que ele só não faria outro gol, aos 22 finais, porque havia Buffon para salvar. Um minuto antes dele diminuir. Mas como fazer mais gols nessa Juve e nesse que é o Pelé dos goleiros, que só levou um gol em 270 minutos eliminatórios?
Jardim surpreendeu no Monaco. Apostou no pouco usual 3-4-1-2. Três na zaga, Sidibé e o excelente Mendy como alas, João Moutinho substituindo Fabinho como um dos volantes, e o não menos excelente Bernardo Silva como o meia-atacante atras de Falcão e Mbappé.
A Juve repetiu as ideias da ida. BBC de volta na zaga. Mas Barzagli como lateral pela direita, com Daniel Alves aberto no 4-4-2 sem a bola, liberando Dybala por dentro para encostar em Higuain, com Mandzukic taticamente ajudando muito pela esquerda. Cuadrado ficou como ótima opção no banco pelo lado direito. Com a bola, era o provável 3-4-1-2 espelhado no do Monaco. Dani e Alex abertos como alas.
Allegri perdeu Khedira lesionado, aos 10. Marchisio entrou para organizar o meio. Mas sem a mesma pisada na área rival. Sem a mesma infiltração. A Juve perdeu a dinâmica. Mas talvez tenha sido bom para impedir o corre qualificado monegasco. Time que sabe muito bem o que faz com a pelota. Nem tanto sem ela. Resultado. Quatro belos contragolpes da Juventus até a jogada muito bem armada que daria no gol de Mandzukkc, aos 32. Depois da zilionésima assistência de Daniel Alves.
Daniel Alves não cruza bolas. Nem passa bolas na cabeça dos companheiros. Ele danielalvesa bolas. Criou um novo termo.
O que Buffon seguiu negando atrás, a cada vez melhor e mais incisiva Juventus foi criando no contragolpe italianíssimo. Mas não e só contropiede puro. É time que joga muito bem. E muitas vezes bonito, como a bela troca de bolas aos 39.
Ou como o golaço de Daniel, de fora da área, de primeira, aos 44. Que felicidade. Que fase. Que jogador. Que time. Não por acaso, iluminado como na foto da celebração do gol, feita pela colega Clara Albuquerque.
A décima finalização da Juve, um gol e atuações nota 10 em 45 minutos da mais do que merecida finalista. Um time que é mais equipe que o de 2015 mesmo tendo menos jogadores. Mas é assim o futebol. E poucas coisas são tão calcio quanto a Juve.
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