Vai, Vinicius Júnior.
O que será que Zé Ricardo disse a Vinicius Júnior quando ele estreou pelo Flamengo, na partida inaugural do BR-17, contra o Galo – quando ele pode ser para o Flamengo o que foi Gabriel Jesus para o Palmeiras de 2016?
Ainda é cedo. Claro que é. Também para ele jogar tudo que jogou pela base do Flamengo. Pelo Sub-17 do Brasil. Para ser um talento sub-50 milhões de euros, encomendado pelo Real Madrid, com os encômios de quem sabe que, ali, está o futuro na nação. O melhor potencial desde Neymar. E, antes dele, poucos com tamanha bola e recursos não apenas financeiros.
Do pouco que se viu de Vinicius Júnior já se vê muito do talento exportação do pé-de-obra qualificado. Da ginga do jogo bonito brasileiro. Da brasa que mora em nossos corações. Não é moda. Já é clássico.
Vinicius Júnior parece saído em HD de um cinemascope de Canal 100. Parece um ponta-esquerda de entortar multidões na geral do Maracanã. De merecer aquelas belíssimas imagens na belíssima voz de Cid Moreira interpretando o mais tosco texto da história do esporte. O que o Canal 100 tinha de beleza cinematográfica tinha de pobreza léxica e de paupérrima informação. Um frame valia mais que mil toques mal datilografados e desperdiçados na voz do Cidão.
Vinicius Júnior tem ginga e jogo que parece saído da tela de cinema de bairro e dos campos de barro. Vai pra lá e volta pra cá como se fosse personagem de Woody Allen. Brota da tela como talento puro do horto brasileiro. Com os pés no presente do jogo de hoje. Mas revisitando o que tem de mais gostoso nas acelerações e desacelerações dos craques e da nossa memória.
Tudo é ainda prematuro como ele. Até pagar a grana que vai torrar o Madrid. Mas melhor investir no futuro. Como soube o Barcelona com o muchacho Messi e com o novato Neymar. Como vale apostar em Vinicius. Não deve ser o novo Odegaard e nem o novo Neymar. Basta ser o Júnior, Vinicius. Um boleiro da velha guarda de craque e cartola.
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