Mesa redonda de futebol x sofá do Superpop
Olhe para o seu lado na firma. Olhe para a sua frente na classe. Olhe para o banco da frente do boteco. Olhe para o seu sobrenome e veja se não tem alguém com quem você não bate. Pense se tudo é irmão, amiguinho, coleguinha, parça.
Claro que não é. E nem precisa ser. Questão de química. Física. Algo que, com educação e respeito, a gente tira de letra. Mesmo que a mídia sem modos coloque em pauta e na moda essa mania de crise em tudo.
Prancheta chutada, treta em treino, racha em rachão, ruína e ruídos vazados. Será que é pra tudo isso mesmo?
Time bom, ou melhor, equipe ótima, ninho de cobras, só se une mesmo para dar volta olímpica. Palmeiras 93-94 e Corinthians 99-00 e Flamengo 00-01 são excelentes provas. Claro que ranhuras dividem. Corinthians-85 e Palmeiras-86 também não foram vencedores como poderiam pelas patotas que subtraíam.
Em dias de vazamentos de vestiário, áudios e segredos compartilhados, intimidades devassadas, e fontes depravadas, tudo se explicita. Mas se explora além da conta da rede social. Nada se explica e nem se justifica perdermos mais tempo com nada. Com situações que já foram contornadas ainda que confirmadas. Com discussões que aconteceram. E seguirão acontecendo. É da vida. É do futebol. Não pode ser tanta futrica. Fofoca. Fuxico.
Nelson Rubens assumiu a pauta do esporte. O sofá do Superpop virou mesa redonda. Emerson Leao e Lobo Zagallo foram trocados pelo Leão Lobo. Leo todos os Dias faz a gente ler e não se informar.
Não é brigar com a notícia – que existe ou já passou. É digladiar com o que de fato importa. No mundo bundalizado do BBB, tudo é notícia – sobretudo nada. Na mídia caçaclique, mais ainda. Não sabemos 1% do que se passa em um clube. E parece que sabemos menos que isso quando devemos tentar buscar a melhor versão possível dos fatos. E entender que uma discussão de vestiário e uma treta de treino deve na maioria das vezes ficar por lá. Ser jogada no balde marrom. Não nos potes de reciclagem básica de nossa usina de compostagem de pautas.
Eduardo Baptista tinha todos os motivos para ter aquele desabafo no Uruguai. A imprensa fala cada vez mais de futebol e cada vez menos do jogo. Separamos o joio do trigo e publicamos o joio. Só pra ter um "joinha" na nossa página. Em nome e número dos índices de audiência. Dando mais bola pros índices que para a audiência.
A gente já volta, espero, depois da mensagem dos nossos anunciantes.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.