Apagão mineiro. Atlético Mineiro 2 x 2 Ponte Preta. 

Escreve Gustavo Roman

Três rodadas disputadas. Apenas dois pontos conquistados. Três jogos seguidos sem vitória. A situação do Atlético, um dos favoritos à conquista do BR-17, é ruim. Hoje, chegou a ter mais de 76% de posse de bola. Mas pouco criou ofensivamente. Postado em um misto de 4-1-4-1 com 4-2-3-1, tinha muitas dificuldades para furar a muito bem montada defesa campineira. A Macaca só saía na boa. E quase sempre explorando a velocidade de Nino Paraíba, pela direita. Naldo, um dos volantes, voltava e formava uma linha defensiva de até cinco homens. Ou quatro quando o lateral se mandava. Em um dos raros lances em que a Ponte teve que ir à frente, afinal era um escanteio a seu favor, levou o contragolpe muito bem aproveitado por Cazares, Marcos Rocha e finalizado por Robinho.

Na volta do intervalo, Gilson Kleina mexeu na sua equipe. Saiu Ravanelli, sacrificado pelo esquema e colocou em campo o estreante Léo Arthur. Soltou mais o time. Tomou sustos atrás. Mas aproveitou mais um apagão do Atlético, que pareceu não ter voltado do vestiário para virar o jogo. Com dois gols de Lucca. Duas assistências de Lins. Sempre entre Marcos Rocha e Felipe Santana. Tudo isso em apenas dois minutos. De novo. O treinador pôs o zagueiro Rodrigo na vaga de Wendel e voltou a fazer a linha de cinco defensiva. Era um 5-4-1. Com o solitário, mas perigoso, Lucca lá na frente.

Em vantagem, a Ponte voltou a se trancar. Mas diferentemente do primeiro tempo, tinha válvula de escape. E ameaçou algumas vezes a meta de Victor. Roger Machado respondeu colocando Maicosuel e Rafael Moura e sacando Adílson e Cazares. Repaginou o Galo no 4-4-2. Com Elias e Rafael Carioca por dentro. Maicosuel na direita. Robinho na esquerda. E com a tropa de choque na área. E foi assim que chegou a igualdade. Na base do abafa, da vontade.

A Ponte soma um ponto importante. Mas deve estar lamentando não ter levado outros dois pra casa. Era possível. Já o galo achou o gol de empate. Mas segue sem encontrar seu bom futebol. Pelo menos no brasileirão.

Escreveu Gustavo Roman

Veja a análise de Gustavo Roman