Líder. Chapecoense 2 x 0 Avaí. 

Escreve Gustavo Roman

Incrível. Inacreditável. Fantástico. Faltam palavras para elogiar o trabalho desenvolvido em Chapecó. Seis meses depois da tragédia de Medellin, o time assume a liderança do Campeonato Brasileiro pela primeira vez na sua história.

Atuando num misto de 4-1-4-1 e 4-2-3-1, a Chape mandou no jogo. Pressionou no início, como faz em todos os jogos na Arena Condá. Marcou alto. Brigou. Lutou. O time joga pela cidade. Pelos que nos deixaram. Por eles mesmos. E como joga. 
Apodi, quem diria, virou lateral consciente de sua função defensiva. Luís Otávio mostra muito potencial, apesar de sua tola expulsão no fim do jogo. Rossi e Arthur Caíke correm como se não houvesse amanhã. Wellington Paulista segue mostrando seu oportunismo. Como aconteceu aos 17 minutos. Reinaldo vive a melhor fase de sua carreira. Hoje, apoiou, defendeu e fez gol. Impecável. Méritos de Vágner Mancini, que encaixou as peças e fez o time ser competitivo ao extremo.

O Avaí não teve resposta. Se postou no 4-4-2, tentando travar a velocidade e o ímpeto do adversário. Não conseguiu. Em desvantagem, tentou sair pro jogo. Adiantou suas linhas. Mas faltou qualidade. O time segue sem marcar na competição e já preocupa o seu fanático torcedor.

A etapa final foi disputada em ritmo de amistoso. A Chape tirou o pé. O Avaí não acertou o seu. Vitória justa e merecida. De um clube que dá exemplo de como se reconstruir. Um exemplo de gestão profissional feita por gente que entende. Sei que o campeonato ainda está muito no começo. Mas já valeu a pena só por ter visto a Chapecoense liderando a Série A.
Escreveu Gustavo Roman

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