Aperitivo sem tempero. Rússia 2 x 0 Nova Zelândia.
Escreve Gustavo Roman
O começo da Copa das Confederações de 2017 não foi bom. Rússia e Nova Zelândia fizeram um jogo fraco tecnicamente. Claro que sempre existe a tensão da estreia. Mas nada justifica o fato das duas seleções terem apresentando um futebol tão ruim como fizeram. Do meio pra frente, os anfitriões mostraram alguns bons jogadores. Golovin, a jovem revelação que joga pelo lado esquerdo. Smolov e Poloz formam uma dupla de ataque interessante. Atrás, ninguém foi testado pra valer.
As duas equipes entraram em campo num 5-3-2. Os russos com mais flexibilidade, já que os alas apoiavam o ataque e, vez ou outra, um zagueiro ou um volante se juntava à linha mais à frente para pressionar a saída de bola adversária. Os campeões da Oceania pareciam um time inglês. Da década de 60. Muita ligação direta. Muita bola pro alto para os que os grandalhões lá na ataque, especialmente o centroavante Wood, brigassem com os defensores. Nas poucas vezes que tentavam sair jogando, erravam passes simples.
De destaque apenas o bom goleiro Marinovic, responsável direto por seu time não ir para o intervalo já levando uma goleada. Foram seis oportunidades claras dos russos. Cinco delas pararam ou na trave ou em boas defesas do camisa um. Aos 31min, não teve jeito. Glushakov, um dos volantes, foi pressionar a saída. Os neozelandeses se atrapalharam e erraram. Ele recebeu na frente, tirou de Marinovic. A bola bateu na trave e na volta em Boxall – que fez contra. Nada poderia sintetizar melhor esse início de competição.
Na etapa final, a Rússia perdeu duas chances claras antes dos dez minutos. Depois, tirou o pé e recuou. Talvez esperando que a Nova Zelândia pudesse sair um pouco mais para o jogo. Mas nem um decreto tiraria eles da retranca. Aos 27, Smolov começou a jogada, abriu para Samedov, que cruzou rasteiro. A zaga falhou bisonhamente no corte e Smolov completou para dar números finais a partida. Ainda haveria tempo para que os neozelandeses desperdiçassem suas duas únicas oportunidades de gol em todo jogo. E para os russos perderem mais três gols feitos.
No fim, a Nova Zelândia mostrou que vai a passeio a Rússia. Assim como o Taiti veio ao Brasil em 2013. Se tirar ponto de alguém já se dará por satisfeito. Já os anfitriões fizeram o que tinham de fazer. Venceram. Agora, dependendo do resultado entre Portugal e México, podem até especular jogar pelo empate contra um deles pra conseguir a segunda vaga do grupo. Parece pouco provável. Mesmo sem terem entrado em campo, portugueses e mexicanos já saem na frente dos donos da casa.
Escreveu Gustavo Roman
Veja a análise de Gustavo Roman
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