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Blog do Mauro Beting

Virada pela esquerda. México 2 x 1 Nova Zelândia.

Mauro Beting

21/06/2017 18h32

ESCREVE GUSTAVO ROMAN

Na teoria, um jogo fácil para o México. Osório, de não tão boas lembranças para o torcedor do São Paulo, resolveu mexer no time. Fez oito alterações em relação ao empate diante de Portugal. E não foi só isso. Alterou também o esquema tático. Escalou sua equipe num 3-4-3. Com dois velocistas pelos lados do campo (Damm e Aquino) e um centroavante fixo (Peralta). A Nova Zelândia manteve o seu 5-3-2 de muita bola longa, correria, marcação e contato físico. E de quase nenhuma técnica.

Só que no primeiro tempo o México não entrou em campo. Abusou do passe longo. Tentou muitos chuveirinhos. Entrou no jogo neozelandês. Não teve nenhuma oportunidade de abrir o placar. Ao contrário da Seleção da Oceania que sentiu-se extremamente confortável com esse estilo de jogo. E que marcou em uma das duas chances que teve, com o artilheiro Wood.

Osório deve ter dado uma bronca colossal no intervalo. Os mexicanos voltaram com outra postura. Atacaram. Usaram a técnica e passaram a levar vantagem sobre os jogadores de cintura dura. E chegaram à virada pelo lado esquerdo. Aquino, o grande destaque individual da partida, levava a loucura Ingham. Foram dele as duas jogadas para os gols tricolores. O primeiro de Jiménez. E o segundo de Peralta.

Ainda houve tempo para que o fim do jogo pegasse fogo. Tanto em termos de oportunidades, com o México desperdiçando alguns contra-ataques com superioridade numérica, como na pancadaria. A quase briga generalizada manchou uma partida que, se não foi brilhante tecnicamente, ao menos foi bastante movimentada.

Os neozelandeses estão eliminados. Normal. Era o que se esperava mesmo deles. Enquanto isso, o México ganha uma sobrevida. Mesmo fazendo de tudo para se complicar, ganhou. E pode até empatar na última rodada diante da Rússia para avançar às semifinais. Uma vantagem considerável. Ainda mais se levando em conta a dificuldade dos donos da casa para propor o jogo.

ESCREVEU GUSTAVO ROMAN

Veja a análise de Gustavo Roman 

Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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