Estilos opostos. Botafogo 0 x 0 Grêmio.
ESCREVE GUSTAVO ROMAN
O equilibrado duelo brasileiro por uma vaga nas semifinais da Taça Libertadores não poderia ser mais antagônico do que isso. De um lado o Botafogo, time que não gosta nem um pouco de ficar com a posse de bola. Que busca marcar forte e partir em letais contra-ataques. De poucas opções e de elenco modesto. E de uma rara eficiência quando chega à frente. Do outro, o time gaúcho. Com sentido coletivo apurado, trabalha a bola de um lado para o outro. Joga sempre da mesma forma. Seja em casa ou fora. De um ótimo meio de campo. E de um futebol extremamente vistoso.
Essa noite, no Nilton Santos, deu empate. E o roteiro foi seguido à risca e com poucos riscos. Pelo menos nos primeiros 45 minutos. O Grêmio trabalhava a bola. Enquanto o Alvinegro buscava acelerar o jogo nas bolas esticadas. Foram duas chances claras para cada lado. E uma grande atuação do jovem Arthur, revelação do Tricolor. Ele não sentiu o peso da partida e comandou as ações na meia cancha de sua equipe. Claro que não é fácil superar as ausências de Geromel e Luan, dois atletas de seleção brasileira. Mesmo assim, os visitantes foram levemente melhores no primeiro tempo de jogo.
Sentindo que seu time havia chegado pouco, Jair mudou no intervalo. Não fez nenhuma substituição. Apenas abriu Leo Valencia na esquerda, transformando o 4-2-3-1 num 4-4-2. Pimpão foi ajudar Roger na briga com os zagueiros. E a equipe melhorou. Logo aos dois minutos houve uma penalidade máxima clara a favor dos cariocas não assinalada pelo fraco apitador venezuelano. Aos 18, Gilson recebeu ótimo passe de Pimpão. Foi à linha de fundo e cruzou. Cortez cortou errado e Roger quase abriu o placar. O filho do furacão da Copa de 70 tentou tornar o Botafogo ainda mais ofensivo com as alterações. Esbarrou, no entanto, no pouco poder de fogo de seus comandados.
Demorou para que o Grêmio voltasse a ameaçar. Só aos 33 minutos. Quando Léo Moura centrou. Fernandinho bateu de voleio e Carli salvou de cabeça quase sob a risca fatal. Renato tratou de recuar o time, reforçar a defesa e garantir a igualdade.
A vaga ainda está em aberto. Claro que com o empate conquistado no Rio de Janeiro o Tricolor é ainda mais favorito. Joga em casa. Com o apoio de seu torcedor. Tem mais time, elenco e tradição na maior competição do continente. Contudo, só um maluco descartaria as chances do Botafogo. Um time de operários que sabe das suas limitações. E que coloca o coração na ponta das chuteiras. Será um grande jogo. E o Brasil terá ao menos um gigante buscando a vaga para a decisão da competição.
ESCREVEU GUSTAVO ROMAN
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