Árbitro de vidro
Ato tão falho quanto muito erro de apito foi cometido por atleta brasileiro na semana que passou. Ele foi perguntado a respeito do VAR, o árbitro de vídeo da Fifa. E ele respondeu a respeito do árbitro de "vidro".
Não deixa de ter alguma noção. E razão. O vidro, a princípio, deixa ver quase tudo. Ao mesmo tempo, passa a impressão de fragilidade. Quebrável.
E, quando se parte, não cola mais.
Ainda mais com a chancela da CBF. Entidade que abriu o jogo para que a regra fosse mudada no meio do campeonato. Absurdo tão inominável que não merece nem comentário. Nem replay.
Mas vale nova reflexão – como espelho: os árbitro de vídeo não resolverão todos os problemas. Podem até minimizar. Mas criam outros. Porque a própria regra é interpretativa. O que é falta para você não é pra mim. Quem está certo? Nós dois. A regra é subjetiva. Só é clara no bordão do Arnaldo.
Em alguns lances, claro, ajuda. Mas se na Alemanha, que é a Alemanha, eles já estão querendo rever e reverter o jogo, muito mais paciência nessa hora pelo clamor do árbitro de vídeo.
E, de novo, vamos todos tentar ajudar os árbitros. Vamos falar mais de futebol e menos de apito.
O estado é tão deplorável do respeito aos árbitros que, no lance do gol de empate do Corinthians, quando Júnior Tavares é desarmado por Rodriguinho, muitos viram uma falta que eu não marcaria. Mas poucos usaram como argumento na discussão a presença colada ao lance do árbitro assistente adicional que não adiciona e não assiste. Raros foram os debates que citaram que a jogada foi na "frente do juiz". Porque ainda menos consideram a arbitragem como um todo.
É a septicemia do apito.
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