Por mais lambretas no futebol. Vasco 1 x 0 Botafogo.
ESCREVE GUSTAVO ROMAN
O clássico carioca foi morno no primeiro tempo. Por características, as duas equipes marcavam muito, tirando o espaço do adversário e tentando forçar o erro para aí sim acelerar e definir a jogada da forma mais rápida possível. Com esse panorama, o jogo foi amarrado. Sem grandes emoções. Apenas uma oportunidade em finalização de Marcus Vinícius que Martin Silva defendeu sem problemas.
Com a lesão de Wagner, que foi substituído por Pikachu no intervalo, o Vasco ganhou força. Com sua dinâmica, força e velocidade, o lateral improvisado no meio de campo deu fôlego novo à sua equipe que passou a se postar mais no campo ofensivo. Já merecia estar em vantagem no marcador quando Nenê marcou, aos 24 minutos. No desespero, o Botafogo se lançou a frente. Contudo, o time de Zé Ricardo se mostra cada vez mais sólido na retaguarda. E cada vez mais próximo de uma vaga na Libertadores do ano que vem.
Infelizmente, esse não foi o principal assunto do clássico. O jovem Paulo Vítor tentou uma lambreta no fim da partida. Drible para a frente. Em busca da área. Um recurso que poucos possuem. Imediatamente após o lance, quatro jogadores do Bota cercaram o garoto. Como se driblar fosse proibido. Como se utilizar de suas habilidades fosse um pecado mortal. Logo o Botafogo de Garrincha. Ídolo maior do clube e talvez o precursor desse tipo de ocorrência.
Não sei o que se passa na cabeça dos jogadores de futebol. Pode ser raiva ou ciúme de quem tem esse dom. Pode ser frustração por tentar e não conseguir fazer igual. Sinceramente, não entendo esse tipo de reação ridícula e deplorável. O bom e velho esporte bretão deve ser o único em que você não pode usar seu talento. Ou alguém imagina Roger Federer ser enquadrado por Rafael Nadal após uma deixadinha humilhante? Lebron James tomar uma dura do time todo do Orlando Magic porque deu um crossover (drible) e uma enterrada? Duvido muito. E isso torna ainda mais vergonhosa a atitude de hoje.
Por isso, acho que o STJD que perde tempo com coisas tão pequenas às vezes poderia e deveria começar a atuar nesses casos. No sentido de preservar o já tão escasso talento, o drible no nosso futebol. Seria uma grande oportunidade de derrotar esses brucutus limitados que se acham donos da verdade e da justiça. Do que pode e do que não se pode fazer dentro das quatro linhas. Enfim, fica aqui meu desabafo. Por mais lambretas. E por mais Paulos Vítors em nosso país.
ESCREVEU GUSTAVO ROMAN
Veja a Análise do clássico de Gustavo Roman
PS: Mauro Beting escreve: não marcaria as mãos na bola pedidas. Lances difíceis, mas, para mim, bem interpretados.
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