Alívio carioca. Apreensão paulista. Fluminense 3 x 1 São Paulo.
ESCREVE GUSTAVO ROMAN
O duelo entre os Tricolores que aconteceu no Maracanã tinha tudo para ser um ótimo jogo. Afinal, ambos vinham de triunfo no fim de semana e precisavam da vitória. Não só para se afastar da incômoda zona de rebaixamento. Mas também para derrubar um rival direto e de peso nessa luta ingrata para permanecer na primeira divisão. Não foi o que aconteceu.
Espelhados taticamente num 4-2-3-1, as duas equipes entraram tensas demais em campo. A consequência direta disso foi que a partida era muito brigada, mas com poucos lances de emoção. Mesmo jogando em casa, o Fluminense não se mandava à frente. Preferindo esperar por um erro dos comandados de Dorival Júnior, que a esta altura já mandara Marcos Guilherme e Lucas Fernandes inverterem os lados. E ele não demorou a aparecer. Aos 22 minutos, Júnior Tavares cometeu pênalti claro ao cortar com o braço uma bola que chegaria em Marcos Júnior. O árbitro Leandro Vuaden não viu o toque. O vigia atrás da meta, sim. Com atraso, Vuaden assinalou a penalidade. Henrique Dourado, o artilheiro do campeonato, cobrou com a habitual precisão e fez um a zero.
O São Paulo sentiu demais o gol. Dois minutos depois Gustavo Scarpa disputou lance com Rodrigo Caio na ponta direita. O zagueiro se jogou no chão (não houve nada no meu entender). Vuaden nada assinalou e Scarpa rolou para Sornoza marcar o segundo.
Dorival voltou do intervalo com Maicossuel no lugar de Lucas Fernandes. O Tricolor Paulista tinha a bola. Rondava a área do Flu. Contudo, não finalizava ou levava perigo algum. Diego Cavalieri não fez sequer uma defesa importante. Essa inoperância ofensiva aumentou ainda mais quando o treinador sacou Cueva e Pratto para as entradas de Thomaz e Shaylon. Sem referência, o São Paulo tocou, tocou, tocou e não incomodou.
Abel Braga respondeu com a entrada de Matheus Norton no lugar do lesionado Sornoza. Rearrumou o time em um 4-3-2-1. Congestionando ainda mais a entrada da área. Aos 29, pôs mais velocidade em campo com Robinho substituindo Marcos Júnior. E foi justamente dele, em velocidade, o lance que ocasionou o pênalti claro e infantil de Arboleda aos 39. O próprio Robinho cobrou bem e aumentou a vantagem dos donos da casa. Quase no fim, Shaylon diminuiu da única forma que seria possível. Sem querer. O meia foi cruzar. A bola bateu em Gum e matou Cavalieri. Final, três a um.
Uma vitória merecida e fundamental para o Fluminense. Um time que arriscou pouco na frente. Mas que se aproveitou dos inúmeros erros do adversário. E que se aproxima de ter um final de campeonato mais tranquilo. Afinal, com mais três vitórias se garante na primeira divisão.
Já o São Paulo precisa melhorar muito. E rápido. É necessário achar um equilíbrio quando se jogar fora de casa. Achar uma maneira de ter mais poder ofensivo. E não cometer tantas falhas individuais. O resultado foi ruim, obviamente. Porém, ainda existe tempo e campeonato para se recuperar. E não sofrer nas derradeiras rodadas.
ESCREVEU GUSTAVO ROMAN
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