Ambição e/ou pretensão. Avaí 2 x 1 Palmeiras.
A segunda etapa se arrastava igual ao primeiro tempo murcho e chocho digno de segunda à noite de feriado em Floripa até o lado esquerdo da zaga do Palmeiras dar espaço pela milésima vez em 2017, Prass errar o bote, derrubar o adversário, e Marquinhos converter o pênalti, aos 12. E tinha menos na promoção de Green Friday antecipado: parafuso em ação parte 17 do sistema defensivo verde; mais quatro minutos e um bote errado de Michel Bastos com a linha de zaga alta deu em outro atacante à frente de Prass. O goleiro verde não conseguiu fechar o ângulo e levou o segundo, de Lourenço, que acabara de entrar no time limitado mas bem montado por Claudinei.
Em menos de quatro minutos, 2 a 0 Avaí, que desde agosto não ganhava uma em casa. O 4-3-3 de Valentim que não fluía com Moisés acertando passes bonitos e não mais que isso passou a ter ele e Tchê Tchê como volantes, Keno amuado pela direita, Willian sem ritmo pela esquerda, Borja insistindo em sair da área para fazer o que não sabe, e Dudu com o meu apetite em pizzaria depois de um mês de regime. O repaginado 4-2-3-1 também não rolou. Dudu, mesmo fominha, criou algo. Boas fintas, algumas boas inversões, e muito individualismo. Mas foi num dos landas do capitão que Keno diminuiu de cabeça, depois de rebote do goleiro Kozlinski em tiro da entrada da área de Dudu.
A cera avaiana parou depois o jogo que o Palmeiras não soube ganhar. Pouco criou. Ainda mandou mais uma bola na trave com Willian, chegou em tiros longos e bolas paradas, mas nunca deu noção de que faria algo melhor e maior. Por falta de foco e de fogo. Por falta de ambição que por vezes se mistura com presunção. A impressão que passa é que parece que o time do Palmeiras candidato a tudo em 2017 acha que vai fazer o gol e o jogo a hora que quer. E não faz nem um e nem outro. Faz nenhum na temporada.
Segue em terceiro. A um ponto do Grêmio que só pensa em Libertadores. E pensa e joga muito melhor que Palmeiras e Santos.
O Avaí ainda respira. E pode lutar para escapar do rebatimento onde muitos se candidatam. Até alguns que já escaparam.
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