JaRDel e o filme que já vimos. Grêmio 1 x 0 Lanús.
JaRDel que não faz gol… Grohe que não sofre gol… Renegados desenganados que saem do banco para fazer história… Meia que substituiu volante e faz o gol da vitória…
Mais do mesmo. Mais do Grêmio.
Grohe foi o Grêmio em Guaiaquil com uma das mais espetaculares já vistas no continente. Grohe foi o Grêmio no primeiro tempo de apenas duas chances do ótimo Lanús contra uma mísera chegada gaúcha em saída de bola errada do goleiro Andrada. De um time que sabe jogar e pensar o jogo. Mas pensa que sabe demais e extrapola. Passa em vez de dar um bico longe o goleiro que se acha e, por tabela, se perde. E por isso quase deu ao Tricolor o gol na chance única no primeiro tempo asfixiado e enervante.
Sem espaço pela eficiente marcação argentina num 4-1-4-1 bem executado e nada espaçado.
O Grêmio se perdeu ao se afobar. Ao não ter o que o Lanús quase excede. Calma para executar passes e aproximações. Dobrando marcação e multiplicando opções de jogo para um time que não tem melhores jogadores que o Grêmio. Mas que parece jogar melhor. Foi assim que chegou duas vezes na primeira etapa. E só não chegou ao gol por Grohe.
A primeira no canto direito, aos 33, foi difícil. A segunda, aos 39, foi mesmo de Grohe Banks, como destacou Luiz Carlos Jr., no Sportv. Defesa para reanimar qualquer equipe. Como voltou bem melhor do intervalo o Tricolor. Avançou os laterais, botou fôlego e gás mais à frente, e arriscou.
Everton entrou como de praxe, aos 12, substituindo Fernandinho. Mas ainda faltava muito mais de Barrios e ainda mais de Luan, em partida pouco inspirada e de muitos passes errados. Arthur poderia se soltar mais e articular. Mas o Lanús também não dava mole. O Grêmio subiu a marcação, deu o bote lá em cima. Mas os granate saíam jogando de pé em pé com serenidade. Ainda que mais pressionados pelo avanço brasileiro. Um Audax argentino, nas palavras do colunista Roberto Zanin, do Meu Timão.
Aos 17, Jailson perdeu boa chance em cabeçada depois de cruzamento de Geromel (!?). O Grêmio cresceu com a Arena. Mas não o suficiente. Aos 25, Cícero foi dar mais força ofensiva e também aérea no lugar de Jailson. Como se fosse Ailton na decisão brasileira de 1996, quando substituiu o volante Dinho, aos 30 do segundo tempo, contra a Lusa, no Olímpico. Aos 28, Renato apostou em Jael no lugar de Barrios. Como se fosse o César do título de 1983. Quase como se fosse Jardel em 1995.
O cruel Jael de 17 jogos sem gol pelo Grêmio. Atleta de Renato no Bahia. Daquelas apostas que só o Grêmio consegue. Porque parece que só o gremista acredita. Ele mais acredita que torce. Ainda que ninguém pareça acreditar em Jael além de Renato.
Ao menos Jael parecia acreditar nele. Tanto que chutou aos 33 uma bola em contragolpe onde tinha melhores opções. Não era o caso. E nem parecia ser mais nada. Até o estádio murchava. Como em 1996, no Olímpico, quando um balão pra área da Portuguesa daria no gol do título de Ailton. Como aos 37 uma bola foi levantada por Edilson lá de longe, da direita, para JaRDel cabecear para Cícero se infiltrar e abrir o placar. Marcando seu primeiro gol pelo Grêmio.
Cícero que saiu escorraçado do São Paulo. Jael que chegou assim para o Grêmio. Tricolor que parecia que não chegaria mais quando abriu a contagem para o round final na Argentina.
Parece que já vimos esse filme. Parece que já veremos esse Grêmio.
Só faltou o árbitro de vídeo ver o pênalti fora do lance de bola sofrido por Jael.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.