Não é atacar Robinho. É defender a vítima.
Não importa se é Robinho, que foi o craque do BR-02, tirou o Santos da fila desde 1984, foi vendido por 30 milhões de euros para o Real Madrid em 2005, poderia ter sido melhor usado por Parreira em 2006, não foi o melhor do mundo como se esperava na Espanha (e na Inglaterra e na Itália), foi o melhor da Era Dunga até 2010, fez boa Copa na África do Sul, foi o tiozão dos Meninos da Vila 3.0 no Santos-10, teve bons momentos e quase foi até a Copa-14, e em 2016 teve sua fase mais goleadora pelo Galo.
Mas é acusado e julgado em primeira instância na Itália por estupro coletivo em 2013 de uma albanesa de 22 anos.
Ponto.
Fosse Robinho, ou um bagrecéfalo qualquer, ou um jornalista, ou um filho, ou um internauta.
Ponto. Não se discute mais.
Pode ser inocentado em novo julgamento… Criminosos merecem nova chance… Quem somos nós para… Atire a primeira pedra…
Ok.
Mas você o contrataria para seu time?
Repito. Não estou falando de Robinho, de quem gosto demais como jogador e também como pessoa. Estou falando de qualquer um.
E não é um ataque a ele ou a qualquer outro acusado de fazer o que fez. É uma defesa de todas as pessoas de todos os sexos que podem ser vítimas do ato.
Ou podem ser tiradas da reta ou do emprego ou do ofício se disserem não. Se não fizerem. Se não aceitarem. Se recusarem o estupro moral, profissional, pessoal.
Não é o Robinho a questão. É a questão que importa.
E não é questão de "marketing" abominável como o do Boa com Bruno assassino ou "negativo" se algum clube contratar algum acusado de "estupro". É questão de respeito. De educação. De virar o jogo.
Não é só assédio. Não é só abuso.
A sociedade precisa mesmo reagir.
E não achar que ato preconceituoso é "piada de português" como minimizou o outro que perdeu mais do que o emprego. Dos mesmos criadores que não veem nada demais em chamar "piada de português". De tolerar homofobia gritante. De separar pessoas por pensamentos políticos. E tantas outras desinteligências.
Por gostar do Robinho e do futebol dele, torço para que seja inocentado. Mas não posso distorcer para que ele possa agora ser contratado.
Não é questão de ser "politicamente correto". É questão de ser "correto".
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