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Blog do Mauro Beting

Astori e Vítor Hugo

Mauro Beting

11/03/2018 16h06

Palmeiras e Fiorentina há quatro anos disputaram no Pacaembu o Troféu Julinho Botelho, válido pela Copa Euro-América. Vitória do Verdão por 2 a 1. O ponta que deu nome à taça foi o melhor camisa 7 tanto da Fiorentina quanto do Palmeiras, que defendeu de 1958 a 1967, quando pendurou uma das chuteiras e a outra jogou para a torcida no Velho Palestra.

Il Signore Tristezza pela saudade que sentia da sua Penha e do nosso Brasil quando estava na Itália.

Saudade comparável a que a Fiorentina dele e a Florença do Renascimento italiano sentem por Astori, camisa 13, 31 anos, morto enquanto dormia há uma semana, antes do jogo contra a Udinese.

Neste domingo, a Fiorentina voltou a campo contra o Benevento. Uma das mais pungentes homenagens como o vídeo anexado mostra melhor do que palavras.

O substituto do capitano viola foi um de seus últimos companheiros de zaga, quando a Fiorentina venceu o Chievo por 1 a 0, em 25 de fevereiro, com três na defesa: Pezzella, Astori e o brasileiro Vítor Hugo.

Contra a Udinese no último jogo seria a zaga dos últimos jogos da Fiorentina, com Pezzella e Astori. VH no banco.

Contra o Benevento, para substituir a camisa 13 que não terá mais substituto em Florença, o número 31 Vítor Hugo. Um dos mais emocionados na tocante e silenciosa celebração antes do jogo. Um dos que mais ficaram movidos no minuto 13, com nova homenagem que parou o jogo que precisa continuar.

Vítor Hugo que mais próximo chegou de Astori no gol da vitória, aos 25. O bendito que mais uma vez subiu aos céus mais que todos e fez o gol contra o Benevento.

Substituto que foi ao banco e bateu continência ao eterno capitão. Astori que segue vivo como o respeito e a amizade.

Grazie tanto, calcio. Mais uma vez obrigado por tudo, Vítor Hugo. Você sempre soube subir aos céus nas bolas levantadas.

Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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