Mando de campo. Bragantino 3 x 2 Corinthians
O Bragantino no BR-91 preferiu ganhar um lugar na história a faturar mais dinheiro. O time de Parreira mandou o jogo decisivo do Brasileiro contra o São Paulo de Telê em Bragança. Deu São Paulo. E também deu prejuízo financeiro ao clube de Nabi Abi Chedid em vez de duas partidas no Morumbi cheio.
O Bragantino do filho Marquinho Chedid no SP-18 preferiu pagar as contas que não fecham para quase ninguém. O clube tem excelente relação com o rival e fez o que o Linense fez com o São Paulo em 2017, o que o São Caetano fez no início deste ano com o Corinthians, e o Audax fizera na primeira rodada do SP-15, com o Palmeirãs, no Allianz Parque. Jogou pra torcida rival pagar as contas. Como o regulamento permite, e a FPF lava as mãos e não consegue, segue o jogo.
Porém, para times de Marcelo Veiga, bem montados, reativos, por vezes duros demais, e que cada vez melhor trabalham a bola, melhor mesmo dar o campo, o mando e a bola para o rival. Ainda mais esse Corinthians de Carille que tem dificuldade para propor. Sem Jadson. Com Sheik e seus lampejos. Romero e sua luta por vezes inglória. E por Clayson só visto pelo bandeirinha ao dar condição de jogo para o gol de Matheus Peixoto, aos 42 iniciais. Foi tão pálida a atuação do bom ponta-esquerda de Carille que ele só foi decisivo fora de campo. E ainda assim dando condição de jogo ao atacante bragantino.
Na segunda etapa, Pedrinho deu mais vida ao time no lugar do ausente-presente e ao Corinthians que foi acordado pela torcida na "casa" do rival. Mas ao mesmo tempo foi dando ainda mais espaço ao contragolpe do Bragantino. Sidcley teve problemas para marcar o lado direito que não teve a ajuda sempre valiosa e valorosa de Romero. O Bragantino criou mais. Estava mais perigoso quando tomou um gol lotérico. Um escanteio batido, bola carambolada que subiu muito, Romero obstruiu o goleiro Alex Alves, o árbitro não viu, Balbuena cabeceou de cocoruto e empatou, aos 20.
Mais cinco minutos, mais um contragolpe bem armado. Desta vez de Ítalo para cima de Mantuan que substituíra Fagner. Cássio deu rebote, e Vitinho desempatou. Mais cinco e Ítalo ganhou de Balbuena pelo alto, e aproveitou o rebote de Cássio para ampliar o placar com o jogador que só entrou por lesão de Leo Jaime. E jogou como se tivesse nascido no Bragantino. Como Marcelo Veiga. Outro que mostra que a continuidade de trabalho de um técnico só ajuda. Como Carille em Itaquera.
O confronto está aberto. Muito aberto. E ficou ainda mais depois de belo gol de Pedrinho, aos 42, em tiro de fora da área. Incediou o Pacaembu que quase empatou numa bela cabeçada de Maycon, aos 46.
Desta vez, mais não merecia o Corinthians. Muita atenção merece o Bragantino.
PS: O texto da regra 12 aplicável ao gol de empate do Corinthians. O terceiro item:
"Também será concedido um tiro livre direto se um jogador cometer uma das seguintes infrações:
• tocar deliberadamente a bola com as mãos (exceto o goleiro dentro da sua própria área penal);
• segurar (agarrar) um adversário;
• impedir o movimento de um adversário com contato;
• cuspir em um adversário."
PS2: É um lance parecido com o de São Paulo 1 x 1 Corinthians, returno do BR-17. O árbitro Vágner Nascimento anulou o que seria gol de Éder Militão por falta de Pratto em Cássio. Naquele jogo, interpretei diferente. Para mim foi mais o goleiro corintiano se atirando e trombando com Pratto que o lance do SP-18. Lance então mais polêmico que este. Aquele cabe mais discussões. Teria como marcar a falta. Este, muito menos.
https://youtu.be/oczI15UVpD8
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