Posses. São Paulo 2 x 2 Atlético Paranaense.
12 minutos do segundo tempo. O ótimo Liziero escalou sozinho até demais contra um time que estava com o placar agregado a favor e atuando fora de casa. Perdeu o fôlego e o gol certo. Mal saiu a bola, o goleiro Santos bateu o tiro de meta para o time de Fernando Diniz.
Era o caso? Não seria melhor dar uma esfriada em um dos jogos mais emocionantes de 2018?
Parece não ser para o treinador do Atlético. Ele não está nem aí. Ele quer jogo. Bom jogo. Ótimas partidas. Quer ficar com a bola. Trabalhar bem. Bonito. Não especular. Quer ganhar. E se possível bonito. Fazendo até o que não deve. Ou, pensando bem, deve. Pode. buscando o jogo. Buscando um futebol mais bonito.
Perdia por 2 a 0 no primeiro tempo em bela virada de Valdivia e em chute desviado do incansável Nenê, em bom primeiro tempo do São Paulo que encorpa. Até que Liziero meteu a mão na bola sempre discutível dentro da área. Ele quis correr o risco que todos os árbitros brasileiros marcam falta. Pênalti bem batido por Guilherme.
Na segunda etapa, Diniz soltou ainda mais os alas. E foi a força de Carleto quem chegou ao fundo para Matheus Rossetto empatar. Os dois alas espetados como pontas. Com sempre três ou quatro pisando na área rival. Foi a vontade do Furacão honrar o apelido e Diniz, as ideias, que empurrou o rubro-negro para tentar matar tudo depois do empate que já classificava. Ou morrer tudo com o risco assumido. O São Paulo empilhou chances numa trocação de bangue-bangue.
Um grande jogo. De um time que quer esse jogo. Embora ainda pudesse administrá-lo melhor. Há inegáveis avanços no 3-4-1-2 (3-4-3) proposto por Aguirre. A zaga está melhor. E o ataque mais criativo e eficiente. Militão foi bem pelo lado esquerdo da zaga, Petros mais uma vez pouco fez. Mas não era fácil jogar contra a versatilidade tática do Atlético. Sem a bola, para recompor atrás, Diniz usou o 5-3-2, sem esquecer o ataque. A equipe é móvel e sabe jogar. Notável para tão pouco tempo de trabalho no Paraná. Mas ainda com alguns exageros ao sair jogando atrás com vários erros do goleiro Santos em passes errados, e com alguns excessos de passes em vez de bater em gol.
O Atlético acabou equilibrando o jogo e merecendo a classificação tanto quanto os elogios.
É mais uma dor tricolor. Mais um ano sem o título que falta ao São Paulo. Mas já existe uma ideia de time. Um Norte para trabalhar. E refazer um time como o Atlético está fazendo muito bem.
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