Zidane agora encerra sem perder a cabeça
Se perguntarem lá do futuro quantas Champions o Zidane ganhou como gênio e como treinador no Real Madrid, as respostas irão variar de cinco pra cima. Pelo tamanho dele e do clube que ele fez ainda mais dele.
Não foi tudo isso se pensar no Zizou protagonista. Como auxiliar de Ancelotti, acrescente a décima orejona, em 2014. Mas o mais interessante, leitor do futuro (se ainda houver leitor e futuro), é que Zidane tem números no banco do Zidane em campo. Mas, no gramado, acredite, foi "apenas" uma. A de 2002. A do gol magnífico de voleio contra o Bayer Leverkusen.
Como técnico, foram três. "Números de Guardiola" – que ainda "só tem" duas… Ninguém teve três seguidas. Nem no Bayern e no Ajax tricampeões. Nem no Madrid penta.
Só Zizou. Só o cara que saiu como chegou. Discreto. Por cima. Genial.
Saiu melhor do banco de poupança ilimitada mas crédito restrito do Bernabéu do que deixou a carreira em Berlim, em 2006, ao perder a cabeça no peito de Materazzi, na final da Copa.
Deixou o Madrid por cima. E ele também. Com a consciência de o dever mais do que bem feito. E da dívida no cheque especialíssimo que seria abatida como Florentino Pérez abate treinadores na casa merengue.
Faz muito bem Zizou ao encerrar o ciclo onde ele fez muitíssimo bem. Chegando em janeiro de 2016 a um time bagunçado de um clube que via o MSN culé mandar a mensagem de que ganharia ainda mais na Espanha e na Europa. Arrumou a intermediária e a defesa com Casemiro, terminou a Liga nacional fazendo mais pontos que o rival desde a sua chegada, e chegou a mais um Europeu. Em 2017, mandou em tudo, agregando novos valores (nenhum galáctico), negociando a titularidade da BBC, variando números e nomes, mas não o resultado final. Sendo o primeiro bi continental desde 1990
Em 2018 foi mal na Espanha. Mas superou quedas e obstáculos em busca do tri que desde 1976 não ser via na Europa. Num pacto com a vitória (ou com o Tinhoso, como queiram os que não querem) impressionate. Variando ainda mais tudo. Inclusive o desempenho. Mas não as vitórias. E a sede por eles.
Zidane deixa o Madrid ainda maior. Ele e o clube. O que será dele não sei. E ele não precisa ser mais nada. O que será agora do Madrid? Também desconheço. Mas também pode ficar mais um tempo sem tanto que já tem mais do que todos.
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