A geração belga vai longe. Bélgica 5 x 2 Tunísia.

A ótima geração belga (TM) é realidade. São ótimos jogadores enfim bem dispostos, treinados, experientes, rodados. Um dos times mas bacanas de ver na Copa, mesmo com desfalques, mesmo com o elenco sendo bastante usado. Gera jogo, abusa na frente, e até dá campo e contragolpe ao rival. Enfrentou uma boa Tunísia que fez o que pode. Mas poucos poderão contra os belgas. Mesmo com o sistema defensivo pecando na transição e na proteção à zaga que não é a titular.

1º TEMPO – Um dos melhores tempos da Copa. Não falo só da Bélgica que é ótima e joga cada vez melhor e mais à frente. Também pela Tunísia que quer jogar. Só não pode bobear como deu a bola para dois botes de contragolpe que deram no segundo e terceiro gol da Bélgica. Time poderoso e dinâmico que abriu a contagem aos 6, em pênalti bem marcado sobre Hazard que o VAR confirmou que foi mesmo dentro da área. Ele mesmo converteu. E já era a terceira chegada da avalanche belga. na quinta, Lukaku aproveitou outro bote certeiro na marcação adiantada e fez 2 a 0 recebendo de Mertens, aos 15, como receberia de Meunier, aos 47. Nesse ínterim teve o gol de cabeça de Donn, aos 17, na bobeada de uma defesa que não é tão boa e/ou tão protegida como o ataque.

2º TEMPO  – A Tunísia foi ainda mais à frente. Criou mais chances. Foi mais abusada. Logo, deu mais espaço ainda ao excelente contragolpe belga. E foi assim que De Bruyne acertou seu melhor (único?) lance no jogo (como havia acertado passe brilhante para gol de Lukaku contra o frágil Panamá) e fez lançamento espetacular para Hazard marcar outro golaço. Só não saíram mais em um dos melhores jogos da Copa porque os goleiros foram muito bem, Batshuayi perdeu muitos gols (ainda que tenha feito o quinto, aos 44, já no clima de linguiça no churrasco que já começou e os rivais já estão comendo), e o travessão ainda ajudou os tunisianos. O ótimo Khazri diminuiu no final.

CHANCES DE GOL –  BÉLGICA 9 X 3 primeiro tempo; BÉLGICA 12 X 4 segundo tempo – FINAL: BÉLGICA 21 x 7

O LANCE – 33min do segundo tempo. Já estava 4 x 1 para a Bélgica quando os belgas tiveram três chances num só ataque. Na segunda, goleiro caído, Batshuayi jogou a bola no travessão. E ainda perderia mais um gol feito no último lance.

O CARA – Lukaku tem o tamanho do LeBron James. E cada vez faz mais gols e joga melhor.

TÁTICA – Bélgica manteve o time e a ideia da estreia: com a bola, um 3-1-3-3 bastante ofensivo e muito móvel com a dinâmica de Mertens e Hazard trocando sempre de lado, Lukaku dando suporte, De Bruyne vindo de trás para articular (mas ainda muito atrás e discreto), Carrasco bastante espetado pela esquerda. Sem a bola, Meunier recua pela lateral-direita, Verthongen vai para a outra lateral, e a equipe espera no 4-1-4-1, com Witsel como volante. Mas com problemas na marcação pela lateral esquerda e também na entrada da área, onde dá muito espaço para o rival. Por vezes se defende mesmo num 5-2-3, com De Bruyne se juntando a Witzel, e Carrasco fechando o corredor esquerdo. Tunísia no 4-3-3 reativo.

NOTAS DO JOGO – BÉLGICA 8 X TUNÍSIA 6 – JOGO NOTA 8

O CHUTE INICIAL –  Bélgica 4 x 1 Tunísia (bolão da firma)

NO FRIGIR DAS BOLAS  – Bélgica tem grandes chances de ser a melhor do grupo e, assim, ir pelo menos até as quartas. Quando pode enfrentar o Brasil. Tem bola para ir longe. Tunísia é bom time médio. Talvez pudesse ter feito mais não tivesse Bélgica e Inglaterra na mesma chave.

Veja a análise do jogo de Gustavo Roman