Rojo de sangre. Argentina 2 x 1 Nigéria

Rojo.

Vermelho, em espanhol. Vermelho de sangue do Mascherano jorrando no rosto do líder argentino. O que cometeu "pênalti" que eu não marcaria na várzea e muito menos pelo VAR, aos 3.

Rojo.

O nome do zagueiro que cometeu uma furada de cabeça desorganizada como a equipe argentina mais uma vez desarrumada em campo. Pênalti que pediram os nigerianos aos 29 do segundo tempo que eu também não marcaria. Mas também tem como discutir mais uma atuação abaixo da média de Messi. De mais uma partida bizarra da Argentina como a atuação ridícula de Di Maria e pavorosa do substituto Meza.

Mas a bola saiu aos 40 minutos dos pés de Mercado que tudo errava até o pé direito do canhoto zagueiro-esquerdo Rojo. Na posição onde deveria estar Higuain que não esteve nunca. No lugar onde Aguero deveria ter entrado antes dos 34 minutos. Na equipe onde Dybala não joga nem por golpe militar.

Mas estava Rojo. Do sangue de Mascherano. Da alma da Argentina.

Ainda é muito ruim a campanha, o time, a zaga, a comissão técnica, a direção, tudo.

Mas é Argentina. E tudo isso é futebol.

1º TEMPO – A Argentina veio como se esperava. Absolutamente nervosa, errando quase todos os passes. Mas Messi veio como sempre se espera do melhor de todos. Fez duas limpadas nos zagueiros que o acompanhavam até o passe espetacular de Banega para ele dominar e marcar um belo gol, de pé direito, no contragolpe, aos 13. Mais um gol ele deu para Higuain não marcar, aos 26, e mandou uma bola na trave em falta, depois do desvio do goleiro Uzoho.

2º TEMPO  – Com 3 minutos um pênalti que eu não marcaria de Mascherano puxando Balogun, convertido por Moses, aos 5. A Argentina entrou em parafuso. A Nigéria foi um pouco mais à frente e, mesmo cheia de limitações, criou alguma fumaça. A Argentina só chegou num tiro horroroso de Higuain, aos 34, e no gol de Rojo, aos 40min50s.

CHANCES DE GOL – ARGENTINA 4 X 0 primeiro tempo;  NIGÉRIA 5 x 2 segundo tempo. TOTAL: ARGENTINA 6 x 5.

O LANCE – Rojo. O gol histórico e histérico.

O CARA – Ele. Ainda longe dele. Mas fez um gol, deu outro perdido, mandou falta na trave só no primeiro tempo. E só jogou na primeira etapa. Mas quem se jogou por todos foi Mascherano.

TÁTICA – Sampaoli fez o básico: 4-3-3, com Mascherano entre os zagueiros para qualificar a saída de bola, os laterais fracos no apoio mais espetados, Banega mais liberado pro Pérez, Messi a partir da direita, e Di Maria mais vivo pelo outo esquerdo. No final, no desespero, era um 3-2-1-4. Isso mesmo. A Nigéria foi basicamente um 5-4-1.

NOTAS DO JOGO –  ARGENTINA 6 X 4 NIGÉRIA  –  JOGO NOTA 5

O CHUTE INICIAL – ARGENTINA 2 X 0 (palpite do bolão)

NO FRIGIR DAS BOLAS  – Não era para sofrer tanto (também pelas chances perdidas pela Islândia contra a Croácia com apenas dois titulares). Mas nada é tão argentino quanto isso. Ou tão universal quanto Messi quando quer jogo.

Mas não será fácil passar pela favorita França.

Veja a análise do jogo de Gustavo Roman