Sem palavras. Coreia do Sul 2 x 0 Alemanha.
Mãos nas cabeças alemãs mais perdidas que a segunda das três partidas na Rússia que a Alemanha não sabe como encarar não só em 2018. O terceiro jogo em que o time campeão de 2014 criou mais chances que os rivais. Foram 17 contra o México e foi 0 X 1 na estreia. Foram 17 contra a Suécia e, na última, a 17 segundos do apito final, o tetra Kroos meteu na caixinha eterna como se fosse tetrapak. Foram 14 oportunidades contra os sul-coreanos que aproveitaram metade das deles, no final, para eliminarem mais um campeão mundial na primeira fase do torneio seguinte.
Bisonho como a grande França de 2002 que nenhum gol marcou depois de perder Zidane lesionado. Medíocre como a Itália em 2010 eliminada num grupo igualmente fraco. Bizarra como a Espanha que caiu horroroso em 2014. Campeões que não defenderam com honra suas conquistas no Mundial seguinte.
Mas todos eles foram muito piores que essa Alemanha que se defendeu mal. Mas não jogou mal em 2018. Atacou muito. Criou mais que todas as outras seleções. Mas não fez os gols. Acontece. Mesmo com o futebol que melhor usa a cabeça. Até a perder e botar a mão nela no desespero que explica. Mas não justifica mais um colosso eliminado.
É discutível Low ter deixado fora dos 23 finais o ponta Sané para abrir defesas pela esquerda. Até Sandro Wagner para fazer os gols que a tosqueira de Mário Gomez e a timidez de Timo Werner não chegaram perto. Há como debater as escolhas técnicas e táticas do treinador, além das questões intestinas. Recuar Kross para a zaga esquerda para sair jogando é uma ideia interessante se Khedira não estivesse perdido, Ozil se encontrasse, Muller achasse seu espaço. Nada aconteceu. Como Draxler pelos lados. Reus mais uma vez ausente mesmo presente.
E tudo tentou Low. Se perdeu Rudy com meia hora contra a Suécia para estabilizar o meio-campo, não conseguiu proteger sua zaga da má fase de Boateng, da instabilidade de Rudiger e Sule, e até do desempenho abaixo do normal de Hummels. Um que teve 4 chances contra a Coreia do Sul como se fosse atacante. E finalizou mesmo como se fosse um zagueiro. Por melhor que seja.
Kimmich esteve abaixo do que sabe – e ele sabe demais. Até Neuer não foi o que é e ainda perdeu na ponta esquerda a bola que daria no segundo gol da Coreia do Sul… Neuer na ponta? Kross quase um zagueiro com a bola? Futebol total? Não. Zorra total. Sem a menor graça.
A Copa perde muito sem o campeão. Ainda mais sem a Alemanha que só não é maior que o Brasil em Copas. Era boa chance de o time de Tite tirar da reta os caras.
Mas devolver o 7 a 1? Só em Berlim, numa semifinal de Copa.
O que não se pode perder é o respeito e a admiração por esses caras. E tentar dentro do possível emular muita coisa que fizeram. Sem ser mula de teimosa e de burra de jogar no lixo tudo de ótimo que a Alemanha tem feito nos últimos anos. Para não dizer em quase todas as Copas e campos.
Não são duas derrotas que podem fazer perder anos de grandes vitórias.
CHANCES DE GOL – ALEMANHA 14 X 4 (3 X 1 PRIMEIRO TEMPO)
TÁTICAS: Coreia do Sul no 4-1-4-1 que muitas vezes virou 5-4-1. Alemanha no 3-3-3-1. Sem a bola, os alas retornam para o 4-2-3-1. Aos 6min do segundo tempo, a Suécia fez 1 a 0 e a Alemanha ficou eliminada. Low teve de abrir mais o time desde então.
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