Mira e anda. Brasil 1 x 0 Argentina.
Nestes tempos bicudos, pessoal de shopping center diz que só a família Miranda frequenta os estabelecimentos: eles "miram e andam". Em mau espanhol e péssimo negócio, eles olham e andam. E não compram nada.
Mais ou menos o que foi o modorrento Brasil x Argentina na brasa de Jedah, que queima no calor e na humidade até atletas mais do que jogadores preparados.
O superclássico das Américas foi um pouco melhor e pouca coisa mais emocionante que o ainda mais amistoso jogo contra a Arábia Saudita. Terminou do mesmo jeito: um escanteio batido no final por Neymar para um desvio de cabeça de um zagueiro. Contra os donos da casa foi o lateral Alex Sandro. Contra os hermanos foi Miranda, aos 47. Depois de se livrar de Otamendi e subir livre. Como ele havia recebido na primeira etapa um cruzamento de canhota de Casemiro e só não abriu o placar na única chance brasileira porque Otamendi salvou sobre a linha.
Foi só o que o Brasil produziu na primeira etapa sonolenta. Um tanto melhor a partir dos 25 finais. Quando Richarlison substituiu Gabriel Jesus que estava torto pela direita no 4-1-4-1. Quando o Brasil criava ainda menos pelo esquema espelhado por
Scaloni e bem por executado pela Argentina que foi um pouco melhor ainda que longe do entrosamento, da experiência e da qualidade verde e amarela.
Se era interessante no começo a movimentação e a troca de posições de Coutinho e Neymar, mas ao mesmo gelol pouco objetiva, depois só pegou mesmo o Brasil no tranco com o cansaço e os espaços dados pelos rivais. Arthur não acertou os muitos passes que sabe fazer. Coutinho foi muito discreto. E Neymar, fora as bolas paradas, pouco fez para um craque como ele. Poderia e deveria ter caído mais por dentro. Até mesmo para aproximar Gabriel do isolado Firmino (outro que se mexeu e produziu pouco).
Na prática, foi um time previsível como o jogo arrastado e mais estudado do que bem jogado.
Pouco pelo que pode ser o Brasil. Pouco pelo que ainda é a Argentina.
Ainda assim fez mais do Dybala. Mas menos do que se espera. Dele e da Seleção.
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