O sonho acabou? Botafogo 2 x 1 Flamengo
ESCREVE GUSTAVO ROMAN
O clássico carioca disputado no Estádio Nilton Santos tinha um script traçado e desenhado. De um lado o Botafogo, precisando desesperadamente da vitória para assegurar um crédito e respirar aliviado na luta contra o rebaixamento. Do outro, o Flamengo. Time forte no papel e que ainda sonhava com a conquista do título deste ano (mesmo que para que isso acontecesse fosse necessário uma improvável combinação de resultados).
Com um time inferior tecnicamente, o Alvinegro jogou no limite extremo. O tempo todo. Especialmente no primeiro tempo. Quando não quis a bola (teve 28% de posse). E disputou cada jogada como se fosse uma final de Copa do Mundo. Apático e assustado, o Rubro-Negro tinha suas principais peças apagadas. E ainda viu alguns deles cometerem erros infantis. Como no lance do primeiro gol, quando Réver e Leo Duarte estavam na linha de meio de campo, dando campo para que Erik usasse sua velocidade após receber ótimo passe de Leo Valencia para fazer 1 a 0, aos 18 minutos. Ou ainda aos 31, quando o mesmo Leo Valencia cobrou falta da esquerda com efeito. César falhou e a bola entrou. O placar refletiu bem como as equipes encararam a etapa inicial.
Sem alternativas, Dorival Júnior sacou o amarelado e irreconhecível Cuellar e colocou Diego em campo. A esta altura, o Botafogo já administrava a vantagem, recuando todo o time e tentando sair em velocidade. E truncava o jogo, não deixando a bola rolar.
O Flamengo não poderia voltar do intervalo pior. Se lançou à frente. Pressionou e até descontou logo aos três minutos, em gol de cabeça de Vitinho depois de cruzamento de Pará. E esteve perto do empate aos 8 em cobrança de falta do próprio Vitinho que desviou na barreira e explodiu no travessão de Gatito Fernández. Entretanto, chamava a atenção a forma desordenada como o time atacava. Melhor distribuído em campo, o Bota foi criando boas chances, aproveitando-se de mais erros do Rubro-Negro. Erik perdeu uma aos 13. Pimpão, que entrou no lugar de Luiz Fernando para segurar os avanços de Rodinei, carimbou o poste de César aos 38. Já nos acréscimos, o Alvinegro só não marcou o terceiro porque Erik foi fominha.
Os últimos 25 minutos da partida foram um retrato fiel do que se viu em campo, de forma até surpreendente. O Flamengo, com jogadores tecnicamente melhores só rondava a área adversária em lances de bola parada ou na base do bumba meu boi. Enquanto isso, o time da Estrela Solitária, nítida e notoriamente mais limitado trabalhava as (poucas) jogadas ofensivas e só pecava na pontaria.
O resultado final acabou sendo merecido. Ganhou quem quis mais. Quem brigou mais para alcançar seus objetivos. O Botafogo está praticamente longe do fantasma do rebaixamento. E, quanto ao Flamengo, muito difícil repetir 2009.
ESCREVEU GUSTAVO ROMAN
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