Tudo dá Cássio. Corinthians 1 x 1 Ferroviária.

Quando a boa arbitragem em Itaquera apitou o justo final de mais um zero a zero com gols entre a boa Ferroviária e um Corinthians que de novo deveu bola, a sensação e o silêncio na Arena Corinthians denunciavam o nervosismo natural de qualquer colosso naquela situação.

O time de Carille mais uma vez fez pouco. A bola era da Ferroviária que bem a trabalhava mas não agredia até Clayson (mais uma vez muito bem) criar o gol de Júnior Urso (outra vez chegando na área). Na volta do segundo tempo, o Corinthians atacou mais com Love encostando em Gustavo mais ativo na ajuda defensiva mas menos efetivo na frente. Mas bastou uma bolha de chances para a Ferroviária empatar, com Manoel mais uma vez infeliz na dividida com Thiago Santos, sem que Ralf pudesse remendar pela zilionésima vez.

Carille então foi criando ataque. Terminou o jogo quase num 4-2-4. Também já projetando Boselli para bater os pênaltis que bem executa. Ou melhor que Avelar que perdeu o dele.

Mas tudo isso só pra falar que Cássio defendeu o 17º pênalti pelo Corinthians. O terceiro no ano. Desde 2013 se superando e rompendo marcas.

E tudo que ele faz com enorme – como ele – naturalidade parecia ser a única confiança corintiana na Arena. Pintava com jeitão de Ferroviária classificada pelo ambiente pesado antes do bom Tony perder o primeiro e a confiança de Araraquara.

Também porque sabia que aquele borrão laranja construiu história. Mais uma vez salvando em 2019 um Corinthians que vai se virando e revirando.

Ainda não e confiável como imaginava. Consistente como parecia.

Mas se tudo não der certo, parece que tudo dá Cássio.