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Blog do Mauro Beting

Santos bate na trave e em Cássio. 1 x 0 no Corinthians (6 x 7 nos pênaltis).

Mauro Beting

08/04/2019 22h57

Cássio é tão gigante que até quando não defende o pênalti decisivo cobrado pelo melhor em campo (Victor Ferraz) parece que ele desviou a bola que bateu na trave. Como o ótimo time de Sampaoli bateu tantas na trave que mereceu o aplauso santista e de quem o viu como o time que melhor jogou no SP-19.

Mas parou nessa trave e na falta de um camisa 9 que ainda pode ser Kaio Jorge.

O garoto de 17 anos que ainda não marcou os muitos gols que fará pelo Santos. E não foi desta vez que fez quando mandou no travessão a primeira cobrança do Santos. Logo depois do ótimo cobrador Boselli desperdiçar a dele.

Ou melhor: Vanderlei fazer uma grande defesa no pênalti. A única, aliás, na noite em que o Corinthians voltou a jogar menos do que o rival em um clássico. Mas uma vez mais passou no mata-mata com Carille. São 17 classificações em 19. Mas uma vez mais quase matou de sofrimento e medo um torcedor que pode ser tricampeão estadual de modo indiscutível. Ainda que com um futebol muito discutível pelo modo trancado e até medroso como pouco jogou no Pacaembu.

Não fosse Cássio com mais duas defesas brilhantes, uma em cada tempo, ambas cara a Cássio, o Santos teria vencido com folgas pelo volume, intensidade, trocas de bola e vontade de ganhar o jogo que enfim foi dele apenas aos 40 minutos da etapa final. Quando Victor Ferraz passou a bola para o zagueiraço Gustavo Henrique chegar como o 9 que o Santos ainda no tem. E que quase não teve pela jogada mal ensaiada do TJD que, ao arrepio da lei, tentou puni-lo no julgamento processualmente viciado.

O gol fez justiça ao time que foi melhor no Pacaembu como o Corinthians havia sido melhor em Itaquera.

Mas, nas duas partidas, o Santos ao menos tentou jogar as duas. Na volta, o Corinthians mais uma vez pouco fez pela camisa, elenco e necessidade. Jogou para não jogar apenas. Chamou demais o Santos para atacar um sistema defensivo ainda não totalmente confiável como é Cássio.

Ou como é o Corinthians de Carille em clássicos e mata-matas. Em busca de ser o primeiro paulista quatro vezes tricampeão estadual (1922 a 1924; 1928 a 1930; 1937 a 1939)

Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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