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Blog do Mauro Beting

M(E.T.)ssi. Barcelona 3 x 0 Liverpool

Mauro Beting

01/05/2019 22h03

Klopp não tinha Firmino 100% (também por isso entraria apenas aos 38 finais, deixando órfao o excelente ataque vermelho). Colocou o volante Wijnaldum para marcar a saída de bola catalã como se fosse o 9. Apostou em Gómez na lateral pela quinta vez na temporada por marcar melhor do que Alexander-Arnold. Tentou fechar o meio com Fabinho na cabeça da área, Milner cercando o avanço esperado e espetado de Alba, Keita como o meia pela esquerda para tentar puxar o contragolpe. Mas esse sentiu lesão. Teve de ser substituído aos 23 pelo capitão Henderson. Milner foi pro outro lado. E menos de dois minutos depois, o ainda frio Henderson não conseguiu travar o passe espetacular de Alba para Suárez enfim marcar seu primeiro na Champions. Talvez no único vacilo de Matip no jogo, que também não foi acompanhado pelo monstruoso Van Dijk em noite não tão eficiente.

1 a 0 Barcelona. Três chances e um gol contra apenas uma isolada de Mané que perdeu um daqueles gols que ele perdia até este ano. Mas não perdeu o Liverpool o fogo. Voltou melhor na segunda etapa. Muito melhor. Não fossem duas belas defesas de Ter Stegen e teria virado o clássico com menos de 15 minutos. Tamanha era a pressão que Valverde resolveu mexer. Mas travou ainda mais o time. Colocou Semedo na lateral no lugar do novamente discreto Coutinho. O incansável Vidal saiu do lado direito para o esquerdo, com Sergi Roberto adiantado para marcar com Busquets e Rakitic. Arthur e seu jogo fluido foi deixado de lado. O 4-4-2 ficou ainda mais explícito.

O Barça atraiu ainda mais os Reds para a sua meta. O Liverpool jogava mais.

Mas então o camisa 10 que ainda não havia citado entrou em ação.

(Perdão pela presunção dramática. Ele já jogava bem nesta temporada em que o Barcelona nunca precisou tanto dele. Como havia feito no final da vitória do oitavo título em 11 anos de Liga Espanhola, contra o Levante, o camisa 10 blaugrana estava dando carrinhos e ajudando atrás. Correndo como nunca, mas brilhando como sempre. Ele armou o lance que Suárez mandou no travessão e, ele, no rebote, matou no peito e empurrou pra meta vazia).

2 a 0 Barcelona.

Até uma falta na intermediária. Meio longe. Mas distante estão outros terráqueos dele.

A falta que ele mandou no ângulo de Alisson, estivesse na meta o goleiro que não foi vazado em 20 dos 36 jogos na Premier League e também Clemence, Grobbelar, Dudek e Reina, todos juntos, nem assim conseguiriam defender outra falta que ele pareceu colocar com a mão.

Ou melhor. Com Messi.

O gênio que deu no final um gol para o melhor jogador instável do mundo Dembelé perder de modo inacreditável. Como Salah havia chutado uma bola na trave antes incrível.

Se é que realmente existe algo ainda inacreditável ou incrível no futebol que tem Messi messiânico.

Esse M(ET)ssi que fez dois gols nas seis chances do Barça que, talvez, não merecesse vencer por tão largos 3 a 0 pelo que o Liverpool fez na segunda etapa.

Mas quem tem mais tem Messi.

O melhor deste mundo. O segundo melhor do planeta de onde veio.

Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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