O caminho das bolas. Flamengo 1 x 0 Corinthians.
O clássico do Brasil pode ser o que foi o jogão no Maracanã, mais do que a justa vitória carioca em Itaquera. Precisa o Flamengo entrar atento e intenso como fez especialmente no segundo tempo para mostrar o repertório e os resultados como as duas vitórias pela Copa do Brasil contra o tri paulista. Precisa o Corinthians ser obrigado a vencer sob qualquer circunstância para o time de Carille buscar e rondar mais o gol.
A classificação do melhor time e melhor elenco do confronto foi incontestável depois de duas vitórias rubro-negras (e com dois treinadores diferentes…). O sofrimento é inerente à natureza da competição e à capacidade e camisa do derrotado. A atuação na volta (como havia sido na ida em São Paulo) é que deixa margem à melhora e constatação de quem tem como seguir nessa toada sem a torrada usual em nomes no Flamengo.
Cuéllar fez muita falta. E fará ainda mais se ausente no provável 4-1-3-2 de Jorge Jesus. Piris da Mota não fez boa primeira etapa. Mas se ajustou quando Arão e até Diego deram um pé e equilibraram o setor depois. Faltou mais uma vez ao meia aquele passe diferente que ele tem. Mas nem sempre aparece. Como Everton Ribeiro luziu mais e criou o lance do gol da vitória. O que o cada vez melhor e mais rubro-negro Rodrigo Caio marcou, o bandeirinha erradamente anulava por suposta participação de Gabriel (também em posição legal), até a confirmação e celebração final. Quase eclipsada pela saída de Boselli que mandou no travessão no gol que "só Pelé não fez" (SIC).
Lances que mostram bem o jogo. Lá e cá. Festival de bolas na trave. Teve ainda do Jadson logo antes. Teve o mais espetacular tiro na carreira de Ralf que explodiu no travessão de Diego Alves. Teve Love ganhando muitas dos zagueiros antes de ser deslocado para a ponta para o encaixe de Gustavo. Teve uma série de ótimas defesas de Diego Alves. Mais do que as boas de Cássio.
Mostrando que o Corinthians pode atacar mais, ainda que sentindo a ausência de Fagner e de um Sornoza mais vivo. Jogo que deve servir ao time para se inspirar numa Sul-Americana mais do que possível. No BR-19 difícil, mas que pode ser menos complicado se a equipe se atirar e ousar mais.
(E não cometer o desatino raro de Ralf ao cometer falta dura e desnecessária na lateral que daria no gol do Flamengo).
Rubro-negro que tem potencial para mais. Mandou bem Marcelo Salles. Deverá mandar melhor Jesus. Desde que não mandem Jesus para aquele lugar numa eventual sequência negativa. Ou não tão positiva.
Além de pecado, faltaria a inteligência que rima com paciência se a cobrança for exarcebada como tem sido desde 2016. O Flamengo ainda não ganhou mais do que já conquistou ou bateu na trave de tanto que batem nele. E de tanto que não reconhecem os méritos de quem o supera.
O Flamengo não pode se perder tanto. E deve entender que não é só o Flamengo que ganha, empate e perde. Tem adversários do outro lado. Poucas vezes superiores a ele. Mas algumas vezes menos perigosos que os rivais intestinos e uterinos na Gávea.
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