Esquadra Zurra intolerância
A torcedora que no clássico arrancou a camisa do rival da mãe com um filhinho na arquibancada (não importa o clássico e nem os times e nem o estádio e nem o Estado) exibia no peito sobre o suposto coração uma faixa "antifascista".
Palavras…
Justo no clássico onde ainda existe torcida mista. Junta e misturada.
De fato, juntos e shallow now. Mais rasos que os argumentos que defendem o indefensável.
Estado onde ainda se tenta praticar tolerância nos estádios (mesmo com a mais intensa rivalidade do país). Entender que para alguém vencer é necessário que outro perca. Onde se ainda pode zoar quem perde (muitas vezes até mais gostoso do que ganhar).
Só que não. A torquemada da arquibancada foi justiceira com as próprias patas. Fez a criança chorar. A mãe dela ser cercada por outros homens e mulheres de bem, de família, de princípios, sem viés ideológico. Pais de família. Mães de família.
Filhos daquela.
E aí não importa se são à minha esquerda ou à sua direita. Ou muito ao contrário. No centro da discussão. Ou isentão.
Por isso sigo radicalmente contra o radicalismo. Por isso sou contra a institucionalização da intolerância que é a torcida única. A falência das autoridades. A falácia da segurança. O despudor público. A falta de competência e coragem dos que baixam o cacete e sobem o cassetete. A preguiça policial. Os promotores públicos de eventos midiáticos. Jogam pra torcida. E não dão bola para a galera.
Estamos criando geração que não sabe conviver com o contrário. Ouvir não. Sentir a dor do gol contra. Não sabe perder e não sabe ganhar.
Daqui a pouco vai ter gente brigando em grupo familiar de whatsapp. Não respeitando o voto do outro. Xingando de bandido quem pensa diferente. De assassino quem gosta do outro.
Ainda bem que não chegamos a esse nível. Mas não estamos longe.
Dias da Esquadra Zurra. A equipe que surra a inteligência, surta a lógica, assusta a educação e zurra cultura.
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