O novo Santos de Sampaoli
ESCREVE Jefferson Oliva (*)
O Santos é mais líder do que nunca no Brasileirão. Em uma Vila Belmiro lotada, o Peixe goleou o Goiás por 6 a 1 e, com o empate do Palmeiras, o time comandado por Jorge Sampaoli abriu 4 pontos do rival e agora tem 32 pontos conquistados.
Para quem acompanha o time, é visível a evolução do elenco nas mãos do técnico argentino dentro do Campeonato Brasileiro. E não falo apenas dos resultados. Falo da forma de jogar, da parte tática e do repertório de criação de jogadas ofensivas.
Por incrível que pareça um dos fatores para isso é a saída de Jean Lucas, vendido pelo Flamengo ao Lyon, Com o meio-campista, o Santos atuava menos vertical, cadenciando o jogo na maior parte do tempo. A equipe tinha grandes dificuldades contra times fechados e a transição meio-campo/ataque era lenta.
O Santos pós-Copa América é mais vertical. A bola passa menos pelo meio e mais pelos lados de campo. Sampaoli vem utilizando os dois laterais esquerdos, Jorge e Felipe Jonatan, juntos, para auxiliar Soteldo na criação de jogadas.
Vale ressaltar que Jean Lucas era uma peça muito importante, que faz falta e certamente o fará até o fim da temporada. Como a diretoria não contratou um substituto do volante, as alterações da forma de jogar são méritos de Sampaoli e da comissão técnica, que implementou as ideias e o elenco absorveu e está colocando em prática nos jogos.
A forma do Peixe atuar lembra o Liverpool, campeão da Liga dos Campeões 2018-2019. O time inglês costuma jogar usando muito a trinca de atacantes para a criação de jogadas ofensivas. Assim como o Santos, o Liverpool não tem um armador nato, um camisa 10 para articular e armar as jogadas de ataque.
O Liverpool atua com uma trinca de volantes que atacam e defendem. Henderson, Milner e Wijnaldum compõe o meio-campo do time de Jurgen Klopp. Na goleada frente ao Goiás, o time santista atuou da mesma forma, com Pituca, Sanchez e Felipe Jonatan, este último atuando pelo lado esquerdo.
A troca constante de posições no trio de ataque é outra característica dos Reds. Os atacantes Salah, Mané e Firmino costumam trocar de posição o tempo inteiro. Quem acompanhou os últimos jogos do Santos vai perceber a mesma movimentação entre os homens da frente.
Para terminar acredito que essa seja a melhor forma do Santos atuar. Creio que seja a forma mais eficiente de jogar em um campeonato onde somar pontos dentro e fora de casa é essencial para a conquista deste título nacional, que não vem desde 2004.
ESCREVEU JEFFERSON OLIVA
(*) Jefferson Oliva é conselheiro eleito e ouvidor do Santos Futebol Clube no triênio 2018-2020.
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