Botafogo, 115 anos
Botafogo, você nasceu nas regatas em 1894. No futebol, há exatos 115 anos. A fusão da bola com o remo foi em 1942. Tem três datas de nascimento. Teve dois clubes que viraram um. Tem o mais lindo escudo do mundo. O que não precisa se redesenhar. Mas é preciso se repensar.
Porque parece que sempre foi Estrela Solitária. Fosse Heleno e suas loucuras. Garrincha e suas genialidades. Nilton Santos e suas aulas. Jairzinho e seus ventos que hoje não sopram em General Severiano. Uns tempos rebaixado a Marechal Hermes. Resgatado em Caio Martins. Agora no Engenhão que virou Enciclopédia. Porque você é história.
Mas não pode ser só isso.
Nunca foi apenas isso.
O mundo que o diga via Brasil. O país que ganha vira Rio.
O Botafogo que não pode virar o fio. É patrimônio do esporte. É uma metáfora do Brasil que já deu certo e hoje se perde em bala perdida como a bola. Em fuzil de janeiro aos sinos de dezembro.
Não sei se o Botafogo voltará a renascer das cinzas como as meias. Não sei se o futuro será negro como o presentes dos calções. Não sei se as listas de prioridades bem pensadas pelos Salles farão brilhar a estrela que precisa ser solidária.
Eu que não sou não sei. Os que são parecem que perecem com os diabos que já se foram desmandando.
O Botafogo é muito mais do que uma pintura desbotada na parede embolorada num apartamento abandoado. Não pode ser uma fresta do sol que ilumina a tarde durante tiroteio com vítimas prostradas e próceres abastados.
O Botafogo tem que ser como o Rio. Precisa reagir. Por si só. Pagar o que é impagável. Arrumar o que se pode. E se virar como se refez em 1942.
Eu não sei como. Mas um clube que fez o que fez lá dentro de campo precisa daquelas genialidades meio malucas meio Manés para revirar a história.
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