Vasco, 121

ESCREVE ANDRÉ AVLIS

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E aí Vasco, beleza?

Como é que tá? Soube que hoje é seu aniversário.

121 anos hein?! Andam dizendo por aí que não há nada para comemorar.

Não escuta. É balela.

Há sim.

É dia de todos cantarem de coração. Como diz o hino.

Sabia que eu poderia ser um dos seus e você o meu?

Pois é.

Desculpa, mas escolhi meu time quando você foi campeão Brasileiro. Em 1997.

Preferi o verde. Nada contra suas cores.

Que aliás, descreve o que você é. A comunhão das etnias. No preto, branco e vermelho.

Em 2000, você virou o que já era. Gigante.

Virou o jogo também. E adivinha?! Contra meu time. Na nossa casa.

Seu costume de virar vem de muito tempo atrás.

Virou mesa. Virou "Os camisas Negras".

Virou as costas para o racismo.

Desvirou a segregação, incluindo e não excluindo.

Fez o caminho contrário da elite.

Elitizando os não elitizados.

Navegou para unir. Como o navegador que tens o nome.

Desculpa a expressão. Mas que história foda!

Há sim algo a comemorar.

Entenda que Gigantes também adormecem.

Lembre-se que nenhum sono é eterno. Só o da morte.

Você vive. Até porquê, o sentimento não para.

Suas glórias não se apagam. Seus títulos são eternos.

Escuta, comemora. Sua história é linda.

Dias ruins acabam. Dias bons renascem.

Então, renasça. Ressurja.

Viva. Viva o Vasco da Gama.

Parabéns, Gigante.

ESCREVE ANDRÉ AVLIS