Jogo para animar. Corinthians 2 x 1 Bahia.
Edimar tem 30 anos. Há cinco ele pintava os banheiros das arquibancadas móveis que a Fifa montou na Arena Corinthians. Faltavam poucos meses para a Copa. Tudo atrasado.
Edimar chegava segunda-feira de manhã. Oito horas começava. Quando acabava 23 horas estava ótimo. Quando não virava o dia. Dormia pouco num motel ali perto. Voltava cedinho para fazer o serviço. Pintava banheiro. Chão. O que fosse.
Não era só trabalho. Era paixão. Profissão de fé.
Quando ficou tudo pronto, queria ver o primeiro jogo em Itaquera. Não teve jeito. Mas ao menos ele deu um jeito de guardar um pedaço de grama. Guardou na carteira. Está com ele até hoje.
Até o dia em que finalmente veio torcer pelo seu Timao na casa que ajudou a construir. "Foi muito suor. Sacrifício. Na raça. Meu filho mais velho já sabe que eu ajudei a fazer a nossa casa. Minha filha ainda é pequena. Mas ela vai crescer sabendo disso tudo".
E que neste sábado ele veio ao estádio pela primeira vez como torcedor. Pagar por aquilo que não tem preço. Por aquilo que ainda tem dívidas a pagar. E não são poucas. Mas que tem jeito desde que se trabalhe como ele: o tempo todo. Caprichando e querendo fazer bonito.
Como o Corinthians dele quis mais jogo no sábado do que na quarta feia contra o Independiente del Valle. O time de Roger Machado também é bem montado. Sabe o que quer o Bahia. Este Corinthians ainda não sei. Está longe do ideal.
Mas ao menos se entregou mais. Entregou mais. E foi buscar uma vitória que parecia perdida.
Com Love guiando o time, Pedrinho ajudando a desequilibrar uma equipe mais viva e acesa, o Corinthians foi melhor em jogo de arbitragem polêmica. Com e sem VAR: eu teria marcado o pênalti em Elber que nem pelo VAR foi marcado (embora se possa discutir um possível puxão em Ralf e o fato de ele também ter tocado na bola); eu teria marcado também pelo VAR o pênalti que Love marcou; eu não teria marcado o pênalti também discutível para o Bahia.
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