Intolerância e ignorância matam no futebol

Bom dia, capitão do deca. Dentro do
que é possível ter um dia legal sabendo que a mulher foi insultada e agredida em Curitiba só por ser esposa de jogador de futebol que preferiu ficar no Palmeiras a ganhar o futuro na China.
Bruno Henrique só não jogou melhor do que Dudu no BR-18. Fez um senhor campeonato. Com o peso de ter feito um discreto 2017 ao chegar no meio da temporada. Com o fardo de ter passado pelo rival antes disso.
Tudo isso se compreende na vida de um atleta e de um profissional correto como você. Mas a agressão à família, jamais. E não é a primeira vez. Infelizmente não será a última. O mundo da bola e o imundo planeta dos desajustados têm que lutar para que isso não seja considerado "normal". "Faz parte". "É do jogo". "Geração Nutella que não aguenta o tranco". "Muito mimimi". E tudo aquilo que os "raiz" (SIC) e os "nutella" (SIC) propagam e ateiam fogo em todos os campos e cantos. Também de guerra.
Não precisaria falar que o atual campeão brasileiro (muito por sua causa) é vice-lider de ótima campanha (melhor que a bola e que as proprias atuações de BH). Até porque gente assim não lê, não escuta, não enxerga, não pensa.
São os bastardos daqueles que provavelmente achavam o Zé Roberto muito velho e o Gabriel Jesus muito jovem em 2016 no enea. O Alex sonolento na Libertadores em 1999. O Rivaldo refugo em 1994. O Evair bichado em 1991. O Jorginho pé frio em 1986. O Jorge Mendonça pipoqueiro em 1976. O Ademir da Guia lento em 1961.
Essa gente que se acha e logo se perde. Essa gente que se acha gente. E só é mesmo agente infiltrado da intolerância e ignorância que campeia nesta terra sem lei. Ou com agentes da lei justiceiros que acham que fazem o certo com as próprias patas.
Bastardos inglórios da mesma súcia suja que em 20 de julho de 2019 desancaram Diego e o elenco do Flamengo no Galeão. Repito. Agora em julho. Logo depois da eliminação do clube para o futuro campeão da Copa do Brasil.
Diego, Thuller e até Jorge Jesus (!?) foram cobrados além da conta e muito longe do "lugar de fala" por torcedores do Flamengo. Esse mesmo time que encanta o Brasileirão três meses depois. Mesmo pouco depois da "prensa", "bronca", "se não é por amor vai ser no terror" dos mesmos de sempre já se via muita coisa ótima no clube. Aliás, desde a gestão Bandeira de Mello. Ele arrumou a casa e botou no cofre o dinheirão que hoje se gasta melhor com Landim.
Mas que dificilmente compensa quando se coloca em xeque a administração que sofre com o pelotão de choque das milícias mais organizadas que muitos clubes. Ou anônimos que tinham que ser fichados pelas barbaridades e barbáries que badernam os clubes e cidades.
Nunca será pelo terror que as coisas vão funcionar. Coibir os baderneiros não é só dever de polícia. É prática cidadã. Não teremos paz para trabalhar, acertar e errar se continuarem protestos que são a pá de cal na convivência civilizada.
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