Flamengo 51%, Grêmio 49%, futebol 100%
Grêmio em Libertadores tem que respeitar. Para não admitir que precisa mesmo é admirar. Desde 1983, quando ganhou o primeiro dos três canecos. Como vice brasileiro em 1982 entrou naquela disputa continental. Vice então do maior time que vi jogar desde 1972 – o Flamengo de Zico de 1981-82. Seleção cuja base veio da base de lançamentos de craques da Gávea: Leandro, Mozer, Júnior, Andrade, Adílio, Tita, Zico e Nunes. Oito talentos que cresceram junto com o clube. Também por isso tão bem se davam. Tanto deram ao Flamengo do coração e da casa.
Oito talentos chegaram ao Flamengo em 2019. Gabriel Barbosa, Bruno Henrique, Arrascaeta e Rodrigo Caio desde o início do ano qualificaram a equipe campeã estadual com a folga esperada. Mas foi mesmo depois da Copa América, com Rafinha, Filipe Luís, Gerson e Pablo Marí, multiplicados por Jorge Jesus (que não só chegou ao clube como ao país como se daqui fosse), que tudo deu liga muito rapidamente. Com muita intensidade como prega e faz o mister.
Mister dizer que com tanta qualidade as coisas meio que dariam certo. Mas já tão cedo? Já jogando todo esse bolão que no clube não se via desde 1982?
O Flamengo campeão da Copa União de 1987 era nominalmente melhor. Mas só deu liga mesmo na parte final do campeonato. Zico e Edinho se encaminhavam para o final de carreira. Leonardo e Zinho eram muito jovens. Leandro ainda jogava muito – mas de zagueiro. Aldair ainda mal cabia no time. Renato Portaluppi e Bebeto cabem em qualquer timaço como aquele.
Mas todas essas feras ainda jogavam menos coletivamente do que este impressionante Flamengo de liga muito rápida. Mais do que provável campeão da liga brasileira. Com bola e time (nem tanto elenco) para também reconquistar a América.
Favorito.
Porém…
Do outro lado tem um tri. Campeão pela última vez agora em 2017. Com a mesma ótima comissão técnica. Quase o mesmo time. Novos guris talentosos. Everton melhor do que em 2017. Matheus Henrique emulando Arthur. Jean Pyerre muito jovem para já jogar bola de veterano. Luan se recuperando. Tardelli sempre decisivo.
Se muita falta faz Grohe, Grêmio sempre se faz muito presente em Libertadores. Ainda mais com o espírito de Renato na casamata tricolor no Maracanã. Casa onde fez muito pelo mesmo Flamengo de 1987. Contra o Flamengo também em 1995 vestindo a tricolor carioca. Fazendo gol com a barriga ou com ela empurrando para fazer história.
Grêmio e ele merecem todo o respeito e admiração. Sobretudo nessa competição que o Grêmio não joga, gremia. Esgrima os rivais. Esmaga as probabilidades contrárias.
O Flamengo se perdeu pela boca e também pela bola muitas vezes recentemente. Mas desde 1982 não o via jogando tão bem. Entra em campo no Maracanã classificado pelo 1 a 1 na Arena do Grêmio. Mas dificilmente se verá o empate sem gols que basta aos cariocas.
Vai ter muito jogo no Rio.
Palpite? Em qualquer outro torneio eu cravaria Flamengo. Em Libertadores, não tem como pregar a tampa contra o Grêmio antes do apito e do suspiro final.
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