Fiori e o futebol
A foto da capa do meu 17º livro não é minha. Como o próprio livro é muito mais do Paulo Rogério e dos filhos do locutor da torcida brasileira, o Marcos e o Marcelo. Mas a imagem do narrador que melhor contou, decantou e, permitam-me, floreou o futebol, é a que eu senti muitas vezes no cantinho da saudade do nosso velho Palestra.
Quando eu comentava jogos pela Rádio Gazeta, de 1991 a 1996, quando tive a honra de conhecer, ser colega e amiga do moço de Barra Bonita, nossas cabines no estádio do nosso Palmeiras eram vizinhas. Ele pela Bandeirantes contando o jogo do seu jeito único, eu tentando começar a contar as partidas.
Como eu fazia desde que lembro da vida, a partir de 1972, corujava futebol em todas as rádios. Começando pela Jovem Pan, onde meu pai começara jo jornalismo econômico (onde comento desde 2015), passando pela Bandeirantes (que me faria hors-concours em 10 anos de prêmio Aceesp), onde de 1977 a 1985, e de 2004 até seu último suspiro no ofício em 2012, Joelmir Beting falava com amor. Como Fiori descrevia o jogo da nossa vida e a nossa própria vida.
Também me considero filho do rádio. Meus pais se conheceram na Rádio 9 de Julho. E me considero sortudo também por aqueles anos de Palestra e de aulas do Fiori no meu ouvido. Porque eu tirava como sempre um dos fones do ouvido não só para sentir o estádio. Mas também para ouvir Fiori ao meu lado, em outra emissora, falando direto no meu ouvido. Sem microfone. Sem transmissor. Sem radinho.
Apenas a essência. A quintessência do jogo. Era a imagem que eu tinha dele. Narrando ali do meu lado. Do lado de todas as torcidas. Como ele também fazia no antigo púlpito do Pacaembu. Pela Pan-Americana ou pela Bandeirantes. Prefixos que tenho ou tive a honra de defender. Tentando ao menos ter a mesma paixão de Fiori.
Pacaembu que nesta terça, a partir das 19h, no Museu do Futebol, abre as portas do espetáculo para a noite de autógrafos da obra da Onze Editorial que publica o livro que os parceiros e patrocinadores bancaram. Uma história que merece ser contada. Uma honra a contar. Um desafio botar no papel o que só Fiori conseguiria. A história de um grande amor pela palavra e pelo futebol.
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