Cilinho!
Enquanto o São Paulo gasta tubos, mundos e fundos que ninguém tem e troca de treinador como quem não troca de comando político desde 2002, o São Paulo de 1984 a 1986, e depois 1987 na conquista do Paulistão, tinha um treinador que plantou a semente do BR-86, e regia o timaço dos Menudos do SP-85.
Uma das mais vistosas equipes que vi desde 1972. Gilmar na meta segurando a bronca. Zé Teodoro e Nelsinho atacando pelas laterais. Oscar e Dario Pereyra ainda como uma das melhores duplas de zaga que vi na vida. Dando guarida a um time que com Márcio Araújo ou o genial Falcão no meio, Silas e Pita jogando o fino da bola pelo meio, Müller e Sidney voando pelas pontas, e Careca absoluto e absurdo no comando de ataque.
Time tão bom que parecia que podia jogar com 10, como nessa foto está sem seu 10 Pita.
Equipe que levou mais de um ano para brilhar. Paciência que hoje não se tem. Fosse o futebol de hoje, Cilinho seria demitido ainda em 1984.
Todos orquestrados por um dos treinadores que mais conheceram futebol. Um dos que mais fez seus times jogarem ou tentarem jogar bonito. Um comandante que controlava bem seu elenco e regia até a imprensa que cobria os clubes que dirigiu.
Cilinho nos deixou aos 80 anos. Já havia deixado há décadas o futebol. Mas ainda hoje deixou o legado do jogo bem pensado e jogado. De métodos inusitados de treinamentos e gestão. De uma independência profissional e pessoal que fez com que não fosse além na carreira.
Não que precisasse mais, até pelo muito que fez sobretudo no São Paulo. Mas o futebol brasileiro precisava de espíritos livres como o de Cilinho.
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