O que o Cruzeiro está fazendo com o Cruzeiro?

Quando Thiago Neves mandou pra fora a bola na cobrança de pênalti que daria o empate que virou mesmo derrota do Cruzeiro contra o CSA, no Mineirão, se houvesse uma pesquisa instantânea não daria outro resultado: 171% dos entrevistados apostariam na queda. Ou citariam aquele momento como o definitivo.

Pode ser que ainda haja solução. Vai que Adilson retoma o ótimo trabalho de 2009 na Toca. Tudo que pouco se viu em 3 vitórias, 8 empates e 3 derrotas do Cruzeiro de Abel em ano muito infeliz. Quase não houve tempo em 44 dias de Ceni. Não havia mais futebol e ambiente com Mano antes disso.

E parece que não haveria com essa bola e esse elenco se fosse o Marcelo Oliveira de 2013-14, o Luxemburgo de 2003, o Autuori de 97, o Levir de 96, e tanta gente ótima ou que foi feliz antes disso com um grande que escapou do rebaixamento em 2011 de um modo espetacular.

Algo que terá que repetir nos três clássicos que restam para salvar um grande em transe. Condenado pelos próprios erros que são mais do que coisas erradas. São casos de polícia mesmo.

Irresponsabilidade administrativa que gerou descontrole geral. Até de peças notáveis desgastadas. De alguns notáveis mais pelo que jogam pra fora as pessoas do que jogam dentro de campo como remunerados mais do que profissionais.

O Cruzeiro precisa ser em três jogos tudo que deixou de ser desde o início do BR-19.

Essa imagem da fumaça no segundo tempo no Mineirão não é só pelos fogos que explodiram. É pela implosão de estrelas que aprendi a respeitar, admirar e temer.

Hoje estão apagadas pelos apegados ao poder sem pudor.