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Blog do Mauro Beting

Ronaldo é um fenômeno. Todos eles. E Messi ainda mais.

Mauro Beting

04/01/2018 18h59

Ronaldo foi três vezes o melhor do mundo. Seria mais ainda fenomenal do que foi não fossem as lesões de joelho que desde o final de

1999 até o final de 2001 o impediram de ser ainda mais Ronaldo. Mas ajudaram a criar o mito que botou no bolso o penta em 2002.

Mas não era "muito mais difícil" no tempo dele

ser o melhor do mundo como disse ao "Bild".

Em 1996, quando ganhou o primeiro merecidíssimo prêmio da Fifa, superou Weah (que era bom mas não tudo isso) e Shearer (que era goleador e só isso). Ronaldo era muito acima deles. Mesmo jogando meia temporada no PSV (que não era o Barcelona de Messi) e meia no Barcelona (que não era o Manchester United do primeiro troféu de Cristiano Ronaldo).

Em 1997, Ronaldo superou o imenso Roberto Carlos e os empatados Bergkamp e Zidane. Zizou que ainda não era O Zidane. O meia do Arsenal que era ótimo. RC que é um monstro. Tanto que foi um dos melhores do ano. E como lateral. Contra um R9 Matador no Barça e na metade final do ano na Internazionale. Que nunca foi na época o que foi o Real Madrid com e pelo Cristiano. Sem contar todos os Barças do Messi.

Em 2002, Ronaldo foi pela terceira vez o Ronaldo do ano mais pela Copa espetacular pelo Brasil do que pelo curto semestre com a Inter com um treinador que não gostava dele, e pelos primeiros meses de Madrid. O Fenômeno superou o goleiro Khan e Zidane (que não jogou o Mundial por lesão). E nunca jogou em times tão bons e fortes como os que ajudaram Messi e Cristiano a ganharem cinco troféus.

Como se vê só pelos anos em que foi o melhor, não era "muito mais difícil" a disputa. Era apenas mais uma. Às vezes pior. Às vezes não.

Como em qualquer campo, o saudosismo impera. Foi assim com Ronaldo que diziam que Romário era melhor – e pode mesmo ter sido. Como diziam que era Careca. Era Zico. Era Rivellino.

Como diziam, acreditem, que Zizinho era melhor do que Pelé. Como Leônidas foi melhor do que Zizinho. Como Friedenreich foi melhor do que todos. Adão foi melhor que Abel.

É isso. E sempre será assim.

Ronaldo é um fenômeno por tudo. E seria muito mais não fossem os joelhos. Mas tem muita gente hoje que joga demais. E não apenas Messi e Cristiano.

Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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