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Blog do Mauro Beting

Cinco minutinhos. Palmeiras 2 x 1 Santos.

Mauro Beting

04/02/2018 19h15

Eu me identifico demais com o Borja. Muitas vezes ele faz com a bola a mesma coisa que eu faria em campo. Como aos 2 do segundo tempo, quando o mais caro jogador da história do Palmeiras bateu com a canhota uma bola que tinha que ser com a direita. Ninguém entendeu. Como poucos ainda entendiam tantas chances para ele, quando dois minutos depois, nos excelentes cinco minutos do Palmeiras depois do intervalo, Borja foi na raça para ganhar o lance e completar bonito e ampliar para 2 a 0. Um time que bastou jogar ótimos cinco minutos iniciais e mais cinco no segundo tempo no reinício para vencer merecidamente e se manter 100%. Mas ainda com gosto de que pode mais. Como o Santos poderá muito mais com Gabriel Barbosa e Bruno Henrique.

Quando a fase é ótima como a do Palmeiras, Dudu bate escanteio, Antonio Carlos cabeceia e nem Vanderlei vanderleia: 1 a 0 Palmeiras, com menos de dois minutos.

Quando a fase não é tão boa, o Santos mais celebra a falta de Lucas Lima que explodiu na sua trave aos 5 minutos que a recuperação da equipe depois disso. Duas chegadas negadas pelo excelente Jailson aos 13 e pouco mais produziu o Santos sem a dinâmica de Renato, com o peso de Vecchio, e as limitações atuais de um ataque que irá encorpar com os reforços disponíveis – e sem compreender como Gabriel nem no banco ficou.

O Palmeiras também poderia ter feito mais em um primeiro tempo chocho. Lucas Lima armou por todos os lados mas pisou pouco na área. Borja também. E ainda pisou demais na bola que novamente tão bem foi defendida por Felipe Melo. Ganhou quase todas por cima e por baixo e foi de novo na temporada o cara do time mais fazendo em campo do que falando fora. Bem diferente da irresponsável ousadura de 2017.

Como tem sido o Palmeiras em 2018. E também foi na segunda etapa. Não apenas pelas qualidades técnica do elenco. Também pelo trabalho de Roger, que fará esse time jogar muito mais com o que tem o que poderá ter. Mesmo que de novo a zaga tenha bobeado aos 16, quando Renato cabeceou cruzamento de Daniel Guedes, em lance irregular porque a bola já havia saído em escanteio pouco antes.

O gol animou o Santos, que apostou no mais que promissor Rodrygo. Mas com o peso de Rodrigão (outro que teve de ir a campo por lesão de Sasha) e Vecchio, ficou difícil criar algo além. Como o Palmeiras, como também já havia acontecido na primeira etapa, parou por ali. Roger demorou a mexer, mas quando se coloca Keno, Bruno Henrique e o estreante Gustavo Scarpa de um banco com crédito a ponto de dispensar Moisés, é possível imaginar como esse Palmeiras irá longe.

Veja a análise do jogo de Gustavo Roman

Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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