Tá brasileiro. Rússia 0 x 3 Brasil.

Trocadilho mais fácil do que o jogo que a Seleção fez contra uma mandante de Copa que corre risco de não passar da primeira fase do Mundial. Tá ruço pra eles. Tá brasileiro pra nós.

Mas com mentalidade e organização de Europa. Tite repetiu seu 4-1-4-1 bem ajustado e ajudado sem a bola. Transformado em claro 4-3-3 quando a Seleção precisou propor o jogo – mais de 70% do tempo. Alternativa tática que Tite cada vez mais pensa usar para encarar muitos times na Copa que poderão usar o 5-3-2 russo na fase defensiva. Inspirado no Manchester City de Pep, o 4-3-3 e seus meias criativos e dinâmicos parecem ser os melhores números e nomes para zerar a linha de cinco.

Se faltou arriscar um pouco mais a jogada individual, o tiro longo, a combinação e as triangulações para gerarem superioridades numéricas no início, se não tiveram tantas infiltrações na primeira etapa (que ainda assim foi boa), na segunda tudo facilitou com o gol de Miranda, de cabeça, aos 7. Ficou melhor com o pênalti de Coutinho bem cavado por Paulinho. Também autor do terceiro, de cabeça, livre pela destrambelhada zaga russa. Quando eles tentaram sair para o jogo e jogaram futebol para sair rápido da Copa.

Com espaço, o Brasil fez muito. Douglas Costa e Willian mostraram suas qualidades e a ótima fase que vivem, dando amplitude ao time e gerando espaços para os laterais se criarem por dentro. Se Gabriel Jesus precisa de mais minutos para recuperar o ritmo, Tite ganhou mais alternativas a Renato Augusto no meio. Sem perder recomposição e solidez defensiva.

Baita vitória. Ótima atuação. E nenhuma surpresa quanto a isso.

A única surpresa é ainda ouvir que Paulinho é homem de confiança do treinador… É de qualquer torcedor! Ou que ele é o elemento-surpresa da equipe… Justo o cara que mais pisa na área rival. Ele é chave, isso sim. De um time que pode cada vez mais pensar em escalar Casemiro na cabeça da área, Douglas Costa (Willian), Paulinho, Coutinho e Neymar na armação, e Gabriel Jesus (Firmino) na frente.