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Blog do Mauro Beting

Balanço tático 1ª Rodada: a vitória do 4-2-3-1

Mauro Beting

19/06/2018 20h06

Eu era um dos que esperavam mais linhas de 5 zagueiros na Rússia. Começando pela própria seleção da casa, que foi abdicando do esquema e também se deu bem – não necessariamente por isso.

Na prática, só uma seleção veio com o esquema que ela mesmo usou muito bem em 2014: a Costa Rica. A Inglaterra, nos raros ataques da Tunísia, também recuou os alas para uma linha de cinco – como atuou o México no segundo tempo contra os alemães, mas apenas com um homem na frente. Só que os ingleses propuseram – e muito – seu jogo no 3-1-4-2, com bastante volume e intensidade – foi o segundo time que mais chances criou (16), e o que menos concedeu entre os que mais atacaram (apenas o gol besta que levou de pênalti).

O Irã teve alguns momentos em que trocou o 4-1-4-1 pelo 5-4-1 de tanto que foi acusado no primeiro tempo pelo Marrocos (quem usou o mais puro 3-4-3). Mas foi mais um dos seis times que jogaram no esquema do Brasil de Tite.

A Bélgica atacou bastante o fraco Panamá com o também ousado 3-1-3-3, com muita amplitude, movimentação e também profundidade com Lukaku.

No mais, 28 equipes tiveram a linha de quatro na zaga. Cinco no tradicional 4-4-2, outras 5 no 4-3-3 mais ousado (entre elas o México que mais variou o esquema durante a partida com mais chances de gol (17 para os alemães, e 8 para os mexicanos)

O 4-2-3-1 que há mais de 10 anos domina o futebol mundial se mantém como esquema preferencial. Doze das 32 seleções o adotaram. Muitas deles usando o 4-4-2 no momento defensivo.

Apenas quatro equipes que tiveram menos chances de gols que seus rivais venceram seus jogos: México, Dinamarca, Senegal e Irã. Nove que criaram mais saíram vitoriosas.

Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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